Entre os eventos pelas comemorações ao Bicentenário da Imigração Alemã em São Leopoldo, na tarde desta quinta-feira (25), feriado pelo Dia do Imigrante, a prefeitura leopoldense realizou uma celebração inter-religiosa e a apresentação da Canção ao Imigrante, pelo seu autor, José Carlos Martins, e banda, na Praça Tiradentes. Logo após, no mesmo local, ocorreu uma das principais atividades programadas para o 25 de Julho: a inauguração do Monumento do Bicentenário, intitulado “Diversidade em 200 Anos”.
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Autor da obra, o escultor, arquiteto e urbanista, Vinícius Vieira – vencedor do concurso feito pela prefeitura para escolher o monumento –, parabenizou o município, agradeceu as pessoas que trabalharam com ele e pela oportunidade de executar a obra. Ele também explicou o que buscou trazer na escultura e seu entorno, com elementos que representassem os diversos povos que aqui se constituíram, como instrumentos de trabalho, o Rio dos Sinos e o crescimento da cidade.
“É a natureza dos povos germânicos abraçando todas as etnias e por isso o nome do monumento ‘Diversidade em 220 Anos’, pra caracterizar um processo, um ciclo, que hoje a gente culmina com esse ato tão bonito”, destacou.
“Eu só agradeço. Pra mim, na posição de artista, de escultor, é uma oportunidade de poder contribuir em um momento tão significativo, expressivo, para a história da cidade e do Rio Grande do Sul”, concluiu Vieira.
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Simbolismo
O prefeito Ary Vanazzi lembrou que devido às enchentes de maio, a programação prevista inicialmente sofreu alterações. Ele enfatizou que o objetivo da celebração deste ciclo não se deu apenas pela perspectiva de uma grande festa, mas vários aspectos, buscando o legado para que todas as pessoas se sentissem parte do processo de constituição do município que foi formado originalmente por indígenas, depois pelos portugueses, negros, alemães e outros migrantes europeus.
Vanazzi também enalteceu a força do povo e do município para seguir e se reerguer após as adversidades dos últimos meses. “Esse monumento, pra nós, tem um simbolismo grande. Não conseguimos fazer festa, mas os sonhos, os nossos projetos, as nossas ideias, as nossas vontades, elas não morreram. A água não levou”, afirmou.
O secretário municipal de Cultura e Relações Internacionais, Marcel Frison, também destacou a simbologia do monumento. “Vinicius pensou antes da enchente, mas representa bem o momento atual. Aí estão as insígnias que são características de São Leopoldo. A nossa fé, a nossa cultura e o nosso trabalho e estamos todos de mãos dadas com as ferramentas na mão para poder reconstruir São Leopoldo, reconstruir a nossa história e construir nosso futuro. Isto será um símbolo para nós e vai nos inspirar para pensarmos no nosso futuro e tornar São Leopoldo cada vez melhor.”
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