A pesquisa transforma o mundo. É este o lema que da 11ª Mostra de Tecnologia e Ciência (Motic) Internacional São Léo, que finaliza nesta sexta-feira (15) no Ginásio Municipal Celso Morbach. O público pode visitar o evento das 13h às 18h30, quando serão premiados os vencedores desta edição. A mostra envolve escolas públicas e particulares de diversos municípios da região e até do Estado. Os estudantes, orientadores e coorientadores dos projetos premiados receberão certificado, medalha, troféu e credenciamento para outras Feiras Científicas.
Foto: Amanda Krohn/Especial
Foram 247 projetos inscritos, com mais de 1,5 mil participantes entre professores e alunos. Nesta edição, o tema mais presente foi inclusão social e diversidade. Um exemplo disso é o projeto “A Produção Cinematográfica do Futuro”, que prevê salas de cinema mais acessíveis. O protótipo consiste em salas de cinema adaptadas e um óculos de realidade virtual para melhorar a visibilidade do filme. A ideia foi desenvolvida pelos alunos Dafni Jaume dos Reis, Calebe Rafael Petry e Jorge Henrique dos Santos Pereira, do 6º ano da EMEF Professora Otília Carvalho Rieth, orientados pela professora de artes Dirce Mendes Darski. Para Dafni, a acessibilidade está a apenas alguns anos de distância. “É importante sabermos como será o futuro do cinema, eu ficaria bem triste se passasse por alguma dificuldade para acessar o cinema. Não conseguiria nem ver o filme direito.”
Já os alunos Djulia Rodrigues, João Marcello de Paula Konzen e Murilo Simas Baumhart, do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Sagrado Coração de Jesus, decidiram falar sobre saúde. Inspirados pela vontade de auxiliar familiares que não conseguem abandonar o fumo, eles criaram o projeto “Tabagismo: Um enfrentamento diário”. Trata-se de uma garrafa de chá com ingredientes especiais que possuem efeito calmante e ajudam a aliviar o desejo de dar aquela tragada. Além disso, o produto viria com um código para ser usado em um aplicativo que incentiva o consumo do chá e a luta contra o vício: a cada compra, o cliente cadastraria o código no app, que acumularia pontos a cada compra. Com os pontos, seria possível trocar por outros produtos.
Foto: Amanda Krohn/Especial
Para o titular da Secretaria Municipal da Educação (Smed), Ricardo da Luz, o grande diferencial da edição de 2023 é a abordagem da diversidade e dos direitos humanos. “As questões de direitos humanos estão cada vez mais dentro da Motic. Há anos atrás parecia que direitos humanos não tinham a ver com ciência, mas não é assim, a gente sabe que isso também têm a ver com ciência”, afirma. “Esse assunto tá sendo internalizado dentro das escolas”, completa.
