CRIME AMBIENTAL

DIQUE CAMPINA: Prefeitura ainda analisa soluções para reparar os danos

Três dias após a escavação irregular, as equipes técnicas da prefeitura de São Leopoldo seguem analisando a estrutura. Calendário de ações será divulgado em breve (veja quando)

Publicado em: 29/01/2024 20:27
Última atualização: 29/01/2024 20:38

Três dias após a escavação irregular em um ponto do talude do Sistema de Contenção Contra as Cheias (dique), no bairro Campina, o prefeito Ary Vanazzi explica que as equipes técnicas ainda estão analisando a melhor forma de fazer os reparos necessários. Ainda conforme o gestor municipal, o calendário de ações deve ser divulgado até a terça (5) ou quarta-feira (6).

Escavação irregular no dique pode colocar em risco a vida de milhares de pessoas, moradoras do bairro Campina Foto: Fotos Estevan Benacchi/Prefeitura de São Leopoldo

Em entrevista ao Jornal VS no sábado (27), Vanazzi comentou algumas medidas que serão tomadas, além do boletim de ocorrência (B.O) já registrado contra o infrator.  “Estamos aproveitando para ver outras entradas que tem, nós vamos retirar as famílias de lá de dentro e fazer uma limpeza no dique”. Ainda conforme o gestor municipal, a Secretaria Municipal de Habitação (Semhab) ainda está verificando os cadastros dos moradores da região para verificar quantos vão precisar ser retirados do local e para onde serão levados.

Entre as medidas provisórias propostas a quem vive na região vulnerabilizada pelo crime ambiental, estão o aluguel social e a construção de um novo lar. “A maioria das famílias estão de passagem por ali, tem poucos que realmente moram efetivamente, a habitação está vendo o cadastro para verificar quantas são”, contou. “E nós estamos propondo o aluguel social enquanto se constrói as casas. Inclusive, nós temos lotes prontos, se alguém tiver condições de construir a casa”, continuou.

Não há risco imediato

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Anderson Etter, não há risco imediato de inundação no bairro Campina, uma vez queo nível do rio, embora alto (estava em 3,2 metros ontem - ainda abaixo do nível de atenção que é de 3,5m e longe da inundação, que é de 4,5m), não está próximo de sua cota de inundação.“Se o rio estivesse alto, haveria o risco de inundação”, reforçou ele.

Questionado sobre o risco de erosão no caso de uma chuvarada, o prefeito Vanazzi garantiu que não há risco imediato. “Se a recuperação for feita em até três ou quatro meses não tem problema, o problema é que a gente não pode deixar porque foi escavado muito profundo e não é uma obra simples”, explicou. ““São muitas coisas que precisam fazer, só aquelas árvores que tem que tirar de perto é muito extenso porque é uma grande quantidade, mas queremos até o inverno ter tudo isso resolvido”, finalizou.

Qual será a penalidade para o infrator?

O delegado Eduardo Hartz, da 3ª Delegacia dePolícia Regional Metropolitana, respondeu que o fato ainda está sendo investigado e que as testemunhas serão ouvidas durante esta semana. Segundo ele, a pena dependerá da conclusão tomada pelo delegado da 2ª DP, responsável pelo caso. De acordo com o site do governo federal, um crime ambiental pode gerar detenção de um a três anos e multa. A pena para dano ao patrimônio público pode ser de seis meses a um ano de prisão ou pagamento de multa. Já o crime de perigo contra a vida pode causar detenção de três meses a um ano, em casos menos graves.

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