Nesta quinta-feira (16) completam oito meses do desaparecimento da advogada Alessandra Dellatorre, de 29 anos. São quase 300 dias e noites de angústia vividos pelos familiares e amigos. Ela é a única filha do casal Eduardo Roni e Ivete Stella Dellatorre, que não poupa esforços em busca da filha. A dor dos familiares é refletida em cartazes espalhados pela região, que desbotam com o passar dos meses. A perseverança da família é contínua, por meio de ferramentas como panfletos, placas, vídeos e apelos nas redes sociais.
A delegada da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), Mariana Lamar Pires Studart, assumiu a investigação neste ano, no dia 17 de fevereiro. O responsável pela investigação desde o início era o delegado André Serrão, que agora não está mais conduzindo a investigação. Ela explica que não existem novas provas sobre o caso. “Infelizmente não temos novas provas. Tudo que poderia ser feito de investigação técnica foi feito. De toda forma, estive em reunião com a família esta semana e me coloquei à disposição para novas diligências, caso surjam novas provas sobre o caso”, disse ela.
Conforme o advogado da família de Alessandra, Matheus Gonçalves dos Santos Trindade, os familiares e amigos continuam arrasados, mas esperançosos que a mudança possa influenciar na retomada de buscas e diligências para localizar o paradeiro dela. “Por enquanto, estamos aguardando mais informações, tem uma diligência em andamento perante o Ministério Público e a Polícia Civil. Tivemos recentemente uma reunião com a nova delegada, que se mostrou bem solícita, mas não temos pistas novas. Temos algumas circunstâncias ainda da investigação que tinham ficado para trás e estamos pedindo a reiteração delitiva. Estamos esperançosos com a delegada, que se mostrou bem comprometida com o caso”.
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Alessandra desapareceu em São Leopoldo no dia 16 de julho de 2022, depois de sair às 14h30 para uma caminhada nas proximidades de sua casa, no bairro Cristo Rei.
Uma das provas obtidas ao longo da investigação foi a garrafa plástica utilizada pela advogada, que apontou no laudo a presença de bebida energética à base de café e um medicamento indicado para tratar déficit de atenção.
O advogado encarregado pela família de Alessandra acredita que o resultado da perícia pode ajudar a explicar por que a jovem teria percorrido um longo caminho na mata próxima à Unisinos, conforme indicado pelos cães farejadores.
Apesar de servirem como apoio na investigação, essas evidências não levaram à conclusão do que aconteceu com a advogada. Portanto a investigação segue ocorrendo. Quem tiver pistas sobre o paradeiro de Alessandra pode entrar em contato com a Polícia Civil pelo número 0800-642-0121.