SAÚDE PÚBLICA

Dengue: São Leopoldo registra baixa procura na campanha de vacinação

Das 3,3 mil doses recebidas pelo município, 531 foram aplicadas; Cidade contabiliza 23 mortes e mais de 13,5 mil casos confirmados

Publicado em: 23/07/2024 20:26
Última atualização: 23/07/2024 20:26

A baixa procura pela vacina contra a dengue tem sido motivo de preocupação para a Prefeitura de São Leopoldo. Das 3,3 mil doses enviadas pelo governo do Estado, apenas 531 foram aplicadas até a terça-feira (23), quando a cidade somava 23 óbitos e mais de 13,5 mil casos confirmados.

Vacinação contra dengue em São Leopoldo Foto: Romeu Finato/Prefeitura de São Leopoldo

A campanha de vacinação, que continua ocorrendo, é destinada às crianças de 10 a 14 anos, com um intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose. No município, esta faixa etárea é composta por 13.443 pessoas, de acordo com informações enviadas pela assessoria da Semsad, baseadas no censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda conforme a assessoria, o número de doses a ser encaminhado e a faixa etárea da campanha são decisões do Ministério da Saúde.

Importância da vacina

A prefeitura de São Leopoldo afirma que a procura está abaixo da meta e reforça que, mesmo no inverno, ainda se vive uma situação climática favorável ao vetor da doença, portanto, a imunização é fundamental.
Ainda conforme a prefeitura, a aplicação da segunda dose da vacina, daqui a três meses, será planejada apenas quando o governo do Estado enviar uma nova remessa.

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Pela região

Sapucaia do Sul e em Esteio registraram, juntos, quatro óbitos causados pela dengue - dois em cada município. Em Sapucaia, havia 4.547 casos confirmados e 361 em investigação até a terça-feira (23). Já em Esteio, eram 1.879 casos confirmados e 358 em investigação.

Ainda sem perspectiva de uma campanha de vacinação, os municípios focam suas ações de prevenção no combate aos focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor do vírus da dengue, e em atendimentos na saúde.

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Em Sapucaia, a prevenção inclui: vistorias periódicas em residências, comércios e terrenos baldios para eliminar focos; campanhas de conscientização em escolas, unidades de saúde e nas redes sociais; aplicação de larvicidas em locais de maior incidência; monitoramento e vigilância epidemiológica; parcerias com outras secretarias e mobilização social; disponibilização de hectograma e demais exames necessários em todas as unidades de saúde; e ações de controle em pontos estratégicos, como cemitérios, ferros-velhos e borracharias.

Em Esteio, há ações de enfrentamento da Vigilância Ambiental, composta por 10 agentes de endemias que fazem, no mínimo, 35 mil visitas domiciliares. Atendendo ao Ministério da Saúde, a cidade também realiza quatro Levantamentos Rápidos de Índices para Aedes Aegypti (LIRAAs) por ano. Em 2024, Esteio adotou ainda a Borrifação Residual Intradomiciliar, que trata-se de aplicar inseticida em locais estratégicos oudemaiorrisco.

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