Manter viva a história do município. Esse foi o objetivo da abertura da cápsula do tempo que foi guardada em 1946, um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial, abaixo do obelisco da Praça Tiradentes, em São Leopoldo.
Após 78 anos, em um momento que uniu passado e presente, o objeto foi desenterrado com ajuda da empresa Pavicon e aberto pelo prefeito Ary Vanazzi, com auxílio do secretário municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult), Marcel Frison, e do historiador e coordenador do Patrimônio Histórico da Secult, Márcio Linck. Após a ação, o obelisco foi transportado para o canteiro da avenida Theodomiro Porto da Fonseca, em frente ao 19º Batalhão de Infantaria Motorizada (BIMTz).
“O obelisco é um monumento em homenagem às forças armadas que combateram na Itália (as Forças Expecionadas Brasileiras), comandadas por João Batista Mascarenhas de Morais”, conta o historiador. “Esse comandante estava aqui em 1946, no lançamento da pedra fundamental, que foi a base da construção do monumento, que foi uma idealização do então prefeito, Carlos de Souza Moraes”, continua.
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Segundo Linck, o lançamento da pedra, junto ao enterramento da cápsula do tempo, foram realizados em comemoração ao centenário do vilamento de São Leopoldo. “Na época, fazia 100 anos que São Leopoldo havia sido elevada à categoria de vila, então nisso se colocou uma cápsula do tempo, contendo os jornais da época, contendo moedas, a flâmula e a ata de inauguração desse próprio monumento.”
Material antigo resiste ao tempo e às cheias históricas
Ao abrir a cápsula, o prefeito, o secretário e o coordenador enfrentaram dificuldades para remover de dentro da cápsula os jornais da época e a flâmula. “Não necessariamente eles estão danificados. O que eu percebi é que a tampa foi furada, provavelmente no momento de colocar, ou coisa parecida, e entrou água nesse buraco. Então a gente não forçou para tirar, porque por estarem molhados, eles incham e não saem”, explica.
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Mesmo assim, a prefeitura afirma que os materiais resistiram não apenas às forças do tempo, como também às cheias históricas de 1965, 1967 e 2024. Conforme o prefeito, os itens serão levados ao Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, onde serão cuidadosamente removidos da cápsula e posteriormente agregados ao acervo.
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