Embora o sistema esteja se reestabelecendo aos poucos, algumas regiões de São Leopoldo ainda sofrem com falta d’água ou baixa pressão. É o que relatam, principalmente, moradores de parte das regiões Norte e Nordeste da cidade. Para esta última, uma solução pode entrar em funcionamento a partir de hoje.
Visando melhorar o abastecimento naquela área, o Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) está finalizando a conexão de água entre a adutora que fica na Avenida Caxias do Sul com a nova tubulação da Avenida Mauá, conhecida como adutora Nordeste, que já estava em obras antes da enchente.
Equipes trabalharam na Rua Dienstmann nesta segunda-feira (11)
Priscila Carvalho/GES-Especial
Equipes trabalharam na Rua Dienstmann nesta segunda-feira (11)
Priscila Carvalho/GES-Especial
Obra em adutora deve melhorar abastecimento na Região Nordeste de São Leopoldo
Priscila Carvalho/GES-Especial
Injeção
“Estamos fazendo uma injeção da adutora que alimenta a região Norte para abastecer essa adutora nova e poder melhorar as condições de abastecimento da região Nordeste, que hoje tem problemas”, disse o diretor-geral do Semae, Maurício Miorim. A conexão está sendo feita com uma tubulação PEAD de 400 mm.
Segundo o gestor, a ideia é ligar a rede na madrugada desta terça-feira (11) e trabalhar nela durante o dia, com o abastecimento sendo liberado gradualmente, beneficiando os bairros Santos Dumont e Rio dos Sinos. Nesta segunda-feira (10), equipes trabalhavam na Rua Dienstmann, via de ligação das redes entre as avenidas Caxias do Sul e Mauá.
Miorim também ponderou que a obra não é emergencial e deve seguir no sistema do Semae, como uma outra via de abastecimento para aquela região. Conforme a autarquia, o investimento na intervenção é de cerca de R$ 1,9 milhão. O restante da obra da adutora Nordeste deve continuar pelos próximos meses.
Falta pressão
A obra é o que leva esperança ao morador do bairro Santos Dumont, José Almedorino Fernandes Corsini, 67 anos, de poder finalmente limpar sua casa. Ele, que está em tratamento contra um câncer, teve o imóvel tomado pela enchente, perdendo tudo, mas não conseguiu dar início à limpeza na residência por conta da falta de pressão da água. “Abandonaram a gente. Pago água, é tudo legalizado, mas a água veio uma gotinha. Levamos lava jato, mas não funciona com a água assim. Como vamos fazer as coisas?”, questionou, lamentando a situação.
Rodízio encerrado
O diretor-geral do Semae também falou sobre o encerramento do rodízio de abastecimento, que foi descontinuado na segunda-feira (10). “Neste novo normal que estamos vivendo, nossa rede está voltando a trabalhar de forma plena. Mas ainda tem muita demanda, pois as pessoas estão lavando suas casas. Então, nesse momento, ainda temos alguns momentos que a água fica mais fraca”, ponderou Miorim, fazendo um apelo para que a população não afetada pela enchente use a água com consciência.
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