Com o nível do Rio dos Sinos reduzindo lentamente e a trégua momentânea na chuvarada, a água começa a escoar aos poucos em algumas regiões atingidas pela maior inundação da história, superando a de 1941. Dessa forma, a comunidade dessas regiões aproveitou o momento para limpar suas casas e começar a fazer o levantamento do que poderá ser consertado e o que precisará ser comprado novamente.
Foto: Amanda Krohn/Especial
No loteamento São Geraldo, localizado no bairro Feitoria, a cabeleireira Paula Castro Pereira, de 42 anos, limpou a sua casa e seu salão com a ajuda de amigos e familiares. “Estamos fazendo isso desde anteontem (segunda-feira, 6) e a gente tá contando bastante com a ajuda de vizinhos que estão se solidarizando, trazendo o material de limpeza, mão de obra, ajudando com dinheiro, com objetos e tentando ser gratos porque a gente está com saúde e todo mundo está bem e vivo”, comentou. “Vamos tentar recomeçar. O que vou conseguir consertar é uma geladeira, um microondas e uma máquina de lavar. O resto, vou levar um ano para recuperar tudo”, completou.
Além de itens da sua casa, Paula também perdeu móveis e equipamentos de seu salão de beleza, cujo endereço é na mesma região onde ela mora. “Eu trouxe todas as coisas da minha casa para cá, do lado do salão, porque não costumava ser atingido, mas acabei perdendo mesmo assim, inclusive as do meu salão. Perdi três guarda-roupas, toda a minha cozinha, mesa…”
