SÃO LEOPOLDO
Comerciantes relatam aumento da violência e pedem mais segurança no Centro
Em reunião com representantes de órgãos de segurança e da Prefeitura leopoldense, lojistas manifestaram preocupação com crescimento da marginalidade
Última atualização: 29/02/2024 09:45
Durante reunião organizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Leopoldo, na sexta-feira (24), os comerciantes reivindicaram mais segurança para os lojistas, trabalhadores e clientes da região central da cidade. Estavam no evento, além da CDL, representantes da assistência social, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico (Sedettec), da Brigada Militar, Polícia Civil e da Guarda Municipal.
O grupo discutiu os impasses e possíveis soluções para os problemas enfrentados. "Estão todos preocupados, pois a marginalidade aumentou muito nesses últimos meses. Pessoas estão invadindo as lojas, furtando, quebrando vitrines. O Centro está sendo agredido violentamente. No grupo dos lojistas estão sendo divulgados vídeos dos ataques diariamente", disse o presidente da CDL, Olinto Menegon.
Menegon relata que mesmo com a base operativa da BM no Centro, o volume de ocorrências está muito elevado. Por isso, buscou o auxílio do titular da Sedettec, Juliano Maciel, que sugeriu a reunião com a área da segurança. "Precisamos achar uma forma de resolver a questão da segurança. Os delitos ocorrem durante o dia e a noite, o lojista não aguenta mais, estamos preocupados com a situação de todos os associados e do nosso comércio", elucida Menegon.
Reforço
Para o presidente da CDL, um reforço no policiamento a pé, e não com veículos circulando, seria uma das alternativas possíveis para mitigar os problemas na região.
O comandante do 25º BPM, tenente-coronel Alexsandro Goi, explica que o furto é um dos problemas. "Nós nos deparamos com ocorrências de pessoas que roubam 1kg de carne, celular, roupa, brinquedos. O problema dos moradores de rua que cometem delitos é bastante complexo, eu tenho conversado bastante com o administrador da rodoviária e todos os dias nós temos feito ações", disse ele.
Uma das propostas do comandante é que a Brigada Militar faça uma força-tarefa, junto com os demais órgãos competentes e que os comerciantes invistam em tecnologias e trabalhadores da área privada de segurança.
"Proponho que a Brigada Militar faça uma força-tarefa. Ressalto que isso não é só um problema de segurança, mas também de outras áreas. Tenho certeza que podemos fazer essa força-tarefa para ofertar mais proteção para o comércio em São Leopoldo."
O comandante do 25º BPM relata que em março foram mais de 9 mil pessoas abordadas. Esse número corresponde a 4% das abordagens do Estado.
Pessoas em situação de rua
Comerciantes relatam casos de pessoas em situação de rua dormindo nas calçadas, que quando não recebem uma esmola, ficam agressivos com a população, sendo que alguns também cometem pequenos delitos. Além disso, empresários relatam ter encontrado fezes e urina em frente aos seus comércios e que tiveram seus vidros quebrados. "Tenho comércio há 53 anos em São Leopoldo e nunca teve uma situação como hoje de tantos pedintes, que se não ganham o que querem, agridem. Eu vejo seguidamente o carro da Brigada e da Guarda passar. Resolve muito pouco carro passar. O que faz com que as pessoas se intimidem é a presença física nas ruas. Tem que haver uma junção de todas as autoridades policiais, de tomar alguma medida para acabar com isso ou minimizar", disse o comerciante Cândido Forneck.
O secretário Juliano Maciel disse que as pessoas têm que ter essa liberdade, de trazer os problemas ao poder público. "Eu sei que tem muito mendigo na cidade, mas foi a partir da manifestação dos comerciantes que consegui entender o tamanho do incômodo. O papel do Estado é de proteger vocês. Teoricamente vocês não precisaram gastar com um segurança privado em um espaço público. Várias ações estão sendo pensadas nesse sentido. Essa situação tem que envolver a Guarda, Polícia, Brigada, além da Assistência Social."
Risco para empresas
Com o aumento da violência, ocorre um sentimento de impunidade e de medo na população. De acordo com os comerciantes, dessa forma, os clientes ficam apreensivos de vir realizar compras ou até mesmo sair para passear no Centro, especialmente no período da noite.
Segundo os comerciantes da reunião, esse fator coloca em risco os empreendimentos, que já sofreram muito com o impacto econômico no período da pandemia. Eles acrescentam que a insegurança também gera uma dificuldade de contratação, já que os funcionários não se sentem seguros no ambiente de trabalho.
Durante reunião organizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Leopoldo, na sexta-feira (24), os comerciantes reivindicaram mais segurança para os lojistas, trabalhadores e clientes da região central da cidade. Estavam no evento, além da CDL, representantes da assistência social, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico (Sedettec), da Brigada Militar, Polícia Civil e da Guarda Municipal.
O grupo discutiu os impasses e possíveis soluções para os problemas enfrentados. "Estão todos preocupados, pois a marginalidade aumentou muito nesses últimos meses. Pessoas estão invadindo as lojas, furtando, quebrando vitrines. O Centro está sendo agredido violentamente. No grupo dos lojistas estão sendo divulgados vídeos dos ataques diariamente", disse o presidente da CDL, Olinto Menegon.
Menegon relata que mesmo com a base operativa da BM no Centro, o volume de ocorrências está muito elevado. Por isso, buscou o auxílio do titular da Sedettec, Juliano Maciel, que sugeriu a reunião com a área da segurança. "Precisamos achar uma forma de resolver a questão da segurança. Os delitos ocorrem durante o dia e a noite, o lojista não aguenta mais, estamos preocupados com a situação de todos os associados e do nosso comércio", elucida Menegon.
Reforço
Para o presidente da CDL, um reforço no policiamento a pé, e não com veículos circulando, seria uma das alternativas possíveis para mitigar os problemas na região.
O comandante do 25º BPM, tenente-coronel Alexsandro Goi, explica que o furto é um dos problemas. "Nós nos deparamos com ocorrências de pessoas que roubam 1kg de carne, celular, roupa, brinquedos. O problema dos moradores de rua que cometem delitos é bastante complexo, eu tenho conversado bastante com o administrador da rodoviária e todos os dias nós temos feito ações", disse ele.
Uma das propostas do comandante é que a Brigada Militar faça uma força-tarefa, junto com os demais órgãos competentes e que os comerciantes invistam em tecnologias e trabalhadores da área privada de segurança.
"Proponho que a Brigada Militar faça uma força-tarefa. Ressalto que isso não é só um problema de segurança, mas também de outras áreas. Tenho certeza que podemos fazer essa força-tarefa para ofertar mais proteção para o comércio em São Leopoldo."
O comandante do 25º BPM relata que em março foram mais de 9 mil pessoas abordadas. Esse número corresponde a 4% das abordagens do Estado.
Pessoas em situação de rua
Comerciantes relatam casos de pessoas em situação de rua dormindo nas calçadas, que quando não recebem uma esmola, ficam agressivos com a população, sendo que alguns também cometem pequenos delitos. Além disso, empresários relatam ter encontrado fezes e urina em frente aos seus comércios e que tiveram seus vidros quebrados. "Tenho comércio há 53 anos em São Leopoldo e nunca teve uma situação como hoje de tantos pedintes, que se não ganham o que querem, agridem. Eu vejo seguidamente o carro da Brigada e da Guarda passar. Resolve muito pouco carro passar. O que faz com que as pessoas se intimidem é a presença física nas ruas. Tem que haver uma junção de todas as autoridades policiais, de tomar alguma medida para acabar com isso ou minimizar", disse o comerciante Cândido Forneck.
O secretário Juliano Maciel disse que as pessoas têm que ter essa liberdade, de trazer os problemas ao poder público. "Eu sei que tem muito mendigo na cidade, mas foi a partir da manifestação dos comerciantes que consegui entender o tamanho do incômodo. O papel do Estado é de proteger vocês. Teoricamente vocês não precisaram gastar com um segurança privado em um espaço público. Várias ações estão sendo pensadas nesse sentido. Essa situação tem que envolver a Guarda, Polícia, Brigada, além da Assistência Social."
Risco para empresas
Com o aumento da violência, ocorre um sentimento de impunidade e de medo na população. De acordo com os comerciantes, dessa forma, os clientes ficam apreensivos de vir realizar compras ou até mesmo sair para passear no Centro, especialmente no período da noite.
Segundo os comerciantes da reunião, esse fator coloca em risco os empreendimentos, que já sofreram muito com o impacto econômico no período da pandemia. Eles acrescentam que a insegurança também gera uma dificuldade de contratação, já que os funcionários não se sentem seguros no ambiente de trabalho.