SANEAMENTO

Com recursos garantidos, São Leopoldo quer tratar 52% do seu esgoto até 2026

Liberação de R$ 76 milhões pelo governo federal para a ETE Pradinho deve garantir meta

Publicado em: 09/10/2023 08:51
Última atualização: 18/10/2023 21:00

Uma cobertura de 52% de esgoto tratado na cidade até 2026. Esse é um dos principais benefícios que a ordem de liberação de R$ 76 milhões do governo federal, confirmada na semana passada e que dá a garantia dos recursos para as obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Pradinho, prevê para a cidade.

A verba, do Orçamento Geral da União (OGU), foi assinada pelo ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, junto do secretário Geral de Governo de São Leopoldo, Nelson Spolaor, do assessor técnico de Engenharia do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), Ronan Teodoro de Jesus, e do deputado federal Dionilso Marcon.

Assinatura da liberação pelo ministro Jader Barbosa Filho (2º na foto), na última semana Foto: Marcelo Câmara/Ministério das Cidades

Projeção

Spolaor explica que, com a totalidade do recurso garantida, a programação é executar o projeto da ETE em no máximo 3 anos.

"O nosso planejamento é que de 2025 para 2026 já tenhamos o percentual equivalente a 52% de tratamento, e nosso objetivo é conseguir", afirmou o secretário Geral de Governo, ponderando que a intenção da cidade é cumprir o marco legal do saneamento básico no Brasil, que prevê chegar a 90% do esgoto tratado e água potável até 2033.

O secretário também celebrou a liberação dos recursos e disse que o projeto é fundamental para uma cidade que vai comemorar 200 anos de história no ano que vem.

"Termos um projeto dessa natureza, que é qualidade de vida, é saúde, é cuidar do meio ambiente, é estratégico do ponto de vista do cuidado com a nossa população".

Salto significativo

O projeto da ETE Pradinho, já estava protocolado junto ao Ministério das Cidades. Em 2018, projetos complementares foram entregues para a Caixa Econômica Federal (CEF) que tem um acompanhamento técnico dos investimentos do governo federal, e agora inicia a liberação dos recursos para a Etapa 1.

A Etapa 2, são outros R$ 46 milhões para a construção da ETE, das elevatórias, outras redes de esgoto cloacal complementares, e interceptores de rede. A primeira etapa tem prazo de execução de um ano, a partir da ordem de início com a empresa responsável.

Ronan de Jesus reforçou que, depois de concluída, a obra vai garantir um salto significativo, de 32% para 52% na cobertura de esgoto de São Leopoldo. “Ou seja 20% de ampliação com essas novas redes de esgoto cloacal, novas elevatórias e Estação de Tratamento, sendo 97 quilômetros de novas redes”, assegurou.

R$ 30 milhões já autorizados para a Etapa 1

Do total, os primeiros R$ 30 milhões, que compõem a Etapa 1 do projeto, já foram autorizados para o município dar andamento nas obras de construção das novas redes do sistema de esgotamento sanitário da Bacia Vicentina, que engloba as localidades da Vicentina, São Miguel, Cristo Rei, Padre Reus, Vila Tereza, Vila Otacília e parte do Morro do Espelho. Elas farão parte do Complexo da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Pradinho, que será construído próximo à Casa de Bombas da Avenida João Corrêa, beneficiando mais de 45 mil pessoas – o que representa mais de 20% da população leopoldense.

Conforme Spolaor, essa primeira etapa do projeto, para qual o município já está autorizado a conceder o início de obras, contempla a instalação de encanamentos que compõem a rede, e já tem licitação concluída. “Pretendemos, nos próximos dias, dialogar com a empresa e preparar os projetos necessários para iniciar as obras”, disse, estimando que essa etapa iniciar ainda este ano. O nome da empresa vencedora da licitação não foi confirmado até o fechamento desta edição.

Sem data para a Etapa 2

Embora ainda não se tenha prazo para o início da segunda etapa do projeto do complexo – contemplada nos outros R$ 46 milhões –, Nelson Spolaor disse que, com os recursos liberados, ela poderá ser feita simultaneamente à primeira. “Essa é mais demorada. Mas a boa notícia é que governo federal garantiu os recursos. Temos que elaborar os projetos para pode liberar”, salientou. “Talvez pro ano que vem ela já possa começar, mas a gente não tem condições de dizer ainda”.

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