Com a previsão de mais uma etapa sendo concluída na próxima semana, São Leopoldo está executando o alteamento em 50 centímetros dos diques, com recurso destinado pelo governo federal.
Conforme a Superintendência de Comunicação (Scom) da prefeitura leopoldense, no total, o município cadastrou uma proposta no Ministério da Integração (Defesa Civil Nacional), sendo liberado um valor de R$ 2,2 milhões – totalmente usados nesse primeiro trabalho de elevação das estruturas.
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Foto: Lisandro Lorenzoni/Prefeitura de São Leopoldo
A Secretaria de Obras e Viação (Semov) coordena a execução do alteamento dos diques por meio de uma empresa terceirizada. No último mês, as obras foram concentradas em um trecho de 1,5 quilômetro em direção à BR-116. Agora, as equipes atuam no alteamento da estrutura do Sistema de Proteção contra Cheias no sentido do Parque do Trabalhador, no bairro Vicentina, com estimativa de concluir os trabalhos no começo de setembro.
Na próxima fase, a Semov deve realizar a elevação dos diques na região do bairro Santos Dumont/Vila Brás, onde já foi concluída a recomposição da parte solapada junto à Casa de Bombas do bairro Santo Afonso.
A previsão é concluir o alteamento de todos os trechos citados até o final de setembro ou começo de outubro, dependendo das condições climáticas.
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Tranquilidade
Na última semana, o prefeito Ary Vanazzi acompanhou as obras de alteamento do dique no bairro Vicentina, próximo à Casa de Bombas da Avenida João Corrêa, e ressaltou a importância da ação para dar tranquilidade aos moradores região. “Hoje viemos aqui para demonstrar à população que a prefeitura vem cumprindo o cronograma de obras de recomposição do nosso sistema de proteção de cheias. Essa é uma obra extremamente importante, e que deve dar tranquilidade para a comunidade aqui desta região”.
Segundo a Scom, além do valor destinado para o alteamento dos diques, no total, foram cadastrados junto ao governo federal propostas no valor de R$ 6,67 milhões, dos quais já foram executados cerca de R$ 4 milhões nas obras emergenciais de recomposição dos diques dos bairros Vicentina e Vila Brás.
R$ 196 milhões para o sistema de proteção contra cheias
Há algumas semanas, conforme a Scom, o governo federal anunciou a destinação de R$ 196 milhões para São Leopoldo utilizar no sistema de proteção contra cheias e executar projetos referentes a uma nova Casa de Bombas e vala de drenagem no bairro Santos Dumont/Vila Brás, e construção do dique no bairro Feitoria.
A prefeitura informou que o município já tem um levantamento do que se faz necessário para a elaboração dos projetos executivos e o que precisa ser executado, porém ainda depende da conclusão do termo de referência e do estudo que respalde qual será a cota de elevação dos diques em cada trecho do sistema de proteção contra cheias.
Superintendente de Urbanismo da Prefeitura de São Leopoldo, João Henrique Dias destaca que esses projetos dependem de estudos específicos, como novos cálculos a partir dos regimes de chuvas observados nos últimos eventos climáticos aqui, além de aprovações. O diagnóstico já está sendo desenvolvido, baseado também no projeto já realizado pela Metroplan. “Agora, estamos trabalhando no Termo de Referência, mas o recurso já foi garantido”.
Depois dos estudos feitos e aprovados, com o recurso liberado, as obras podem ser licitadas. Dias lembra que os projetos não são fáceis e rápidos de serem feitos, mas estima que ainda no primeiro trimestre do ano que vem, as obras mais robustas no sistema de proteção possam começar. “Acho que é possível o prazo de março para começar”.
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Foto: Lisandro Lorenzoni/Prefeitura de São Leopoldo
66 planos de trabalho cadastrados
O superintendente também ressalta que, no total, a Prefeitura de São Leopoldo tem 66 planos de trabalho pós-cheias cadastrados no governo federal, que contemplam, além dos diques, o reestabelecimento de edificações, como escolas e postos de saúde, entre outras obras.
Segundo Dias, o Exército concluiu todo trabalho de campo do levantamento topográfico executado nos diques e está finalizando o material para fornecer à prefeitura leopoldense. Esses dados devem ser cruzados com o georreferenciamento realizado pelo município no ano passado e que traz as informações da área da cidade.
O superintendente também ressaltou que o município está tentando estabelecer parcerias com Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS e com a Unisinos, para contratação de mais estudos no tema.
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