A cheia do Rio dos Sinos voltou a causar transtornos em São Leopoldo nesta segunda-feira (20). De acordo com a Defesa Civil, o nível do Rio estava a 5,76 metros (m) às 14h. Às 21h, o nível já estava a 5,98 m. Com isso, os moradores da Vila São Geraldo, no bairro Feitoria, precisaram sair de suas casas pela segunda vez em 2023. A última vez que isso aconteceu foi em junho deste ano, quando o nível do rio chegou a 6,18m.
Um dos moradores afetados é o servente de pedreiro Lumar Oliveira de Souza, de 27 anos, que vive na Feitoria e não conseguiu sair a tempo. “Quando cheguei do trabalho, a água já tinha tomado toda a minha casa. Perdi tudo”, lamenta. Para se locomover, ele utiliza uma canoa guiada por vizinhos.
Já o pedreiro Deonildo de Moura, 44 anos, e seu pai, Ademar de Moura, 73, abrigaram-se na sede do Campo do Alfa. “Na primeira vez meu pai perdeu tudo. Foi muito rápido, ninguém estava esperando. Dessa vez consegui tirar ele de lá e nós não perdemos nada”, diz. Segundo Deonildo, seu pai é deficiente visual e não possui celular, o que dificultou a comunicação entre os dois na inundação de junho.
O pedreiro ainda relata que seu sobrinho William dos Santos, de 26 anos, teve seu veículo danificado devido às águas. “O carro dele estragou devido à água que entrou nele. Tentei trazer para cá para tentar consertar, mas não sei se vamos conseguir”, conta.
Vem mais chuva
Conforme a Defesa Civil, haverá mais chuva na terça-feira (21). O órgão afirma que a influência de uma área de baixa pressão e fluxo de umidade favorece os temporais pontuais com descargas elétricas, chuva pontualmente forte e eventual queda de granizo sobre boa parte do Estado, com exceção apenas da faixa Norte, próxima à Santa Catarina, onde ainda há tempo firme. A tendência é que as tempestades ganhem força em todo o território gaúcho na quarta-feira (22), devido ao lento avanço de uma frente fria.
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