Inundações

CHEIA DO SINOS: Leopoldenses ainda sofrem prejuízos com a inundação

Mesmo com trégua na chuva, ruas permanecem alagadas e algumas famílias continuam desalojadas

Publicado em: 21/11/2023 20:56
Última atualização: 21/11/2023 20:59

Mesmo com a trégua na chuva, as inundações continuam causando problemas para a comunidade. De acordo com a Defesa Civil de São Leopoldo, o nível do Rio dos Sinos estava a 6,10m às 17h15 de terça-feira (21) e o status continua sendo de Alarme. Porém, o rio apresentava indícios de estabilidade às 16h, com algumas oscilações nas oito horas anteriores.

Thaiara mora na Feitoria há apenas seis meses, mas já vivenciou duas inundações Foto: Amanda Krohn/Especial

As vias mais afetadas são das Ruas da Praia, no bairro Rio dos Sinos e das Camélias, no bairro Pinheiro. No bairro Feitoria, há pontos de alagamento nas ruas Barros Cassal, Alberto Ramos, Pottenstein, Frederico Mayer e Carlos Bier. Conforme informações divulgadas pela comunicação da Prefeitura Municipal de São Leopoldo, o município possuía 43 famílias desalojadas até às 19h de terça. A comunidade está sendo acolhida na sede do Alfa Futebol Clube, CTG Grupo Candeeiro, no loteamento São Geraldo, e no Acampamento Farroupilha, bairro Feitoria. Outras 70 famílias desalojadas receberam abrigo na casa de parentes.

Problemas na comunidade

O aposentado Valderi Moraes dos Santos, de 55 anos, viu sua casa ser invadida pela água pela terceira vez apenas em 2023. Morador da rua Frederico Mayer, no bairro Feitoria, ele conta que sempre acaba perdendo sua mobília quando inunda. "A gente não consegue ter aquela rapidez de levantar tudo a tempo, então tem que comprar tudo de novo", lamenta.

Com a casa inundada, Valderi cuida da neta Sofia para que sua filha Camili possa trabalhar Foto: Amanda Krohn/Especial

A jovem Thaiara Vitória, de 19 anos, mora na rua Otto Daudt há apenas seis meses, mas já presencia a terceira inundação em seu terreno. Na de junho, perdeu diversos móveis e precisou abrigar-se na Sede do Alfa Futebol Clube, assim como está agora. "Não consegui recuperar nada ainda, perdi tudo na água", conta. "Não deu tempo de levantar as coisas, foi muito rápido", acrescenta. Sem saber quando a água irá escoar, Thaiara torce para poder voltar para casa o mais rápido possível.

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