Com o nível do rio a 4,53m às 23h de segunda-feira (16), os alagamentos e inundações voltaram a preocupar os leopoldenses. Na manhã desta terça-feira (17), o nível subiu 1cm, chegando a 4,54m. Com isso, os moradores da Rua das Camélias, no bairro Pinheiro, e da Rua da Praia, no bairro Rio dos Sinos, viram a água adentrar suas residências pelo menos pela 4ª vez apenas neste ano. Às 15h desta terça, a água na Rua das Camélias já havia escoado, no entanto, na Rua da Praia, a inundação persistia.
Para o motorista rodoviário Márcio Cristiano Kelsh, de 48 anos, morador do bairro Campina (em uma das pontas da Rua da Praia), ajudar seus vizinhos a reduzir os danos não é novidade. Porém, a aflição toma conta da região sempre que o nível do rio volta a subir. “Sou dono de um barco que fica fixo aqui na rua e às vezes há solicitação de mudança e retirada do pessoal com materiais”, relata. “Isso acontece pelo menos uma vez por ano e é motivo de aflição toda vez”, continua.
O fiscal de meio ambiente Sandro Henrique Petry, de 45 anos, mora no bairro Rio dos Sinos e afirma que a situação é tão frequente que a comunidade já é experiente. Mesmo assim, 2023 está sendo um ano atípico até mesmo para os mais acostumados. “Temos pessoas mais velhas aqui, que falam dos 70 anos da Rua da Praia e nunca presenciaram um ano com tantas inundações seguidas inundando a rua”, diz. “A de junho foi a maior enchente que já tivemos, perdendo apenas por alguns centímetros para a de 2013, mas na sequência tivemos um efeito sanfona, transtornando muitos moradores e prejudicando o comércio”, acrescenta.
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