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CATÁSTROFE NO RS: Rio vai baixando em São Leopoldo e bombas ajudam a tirar água de bairros

Sinos já está abaixo de 6,5 metros no trecho leopoldense; o recuo durante o dia foi de 32 centímetros até as 19 horas desta sexta-feira (17); bombas anfíbias da Higra ajudam a tirar a água de bairros

Guilherme Schmidt
Publicado em: 17/05/2024 às 19h:36 Última atualização: 17/05/2024 às 19h:49
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O Rio dos Sinos chegou a 6,45 metros no início da noite desta sexta-feira (17), em São Leopoldo, medição do Sistema HidroTelemetria da Rede Nacional de Hidrometeorologia. São ainda quatro metros acima do nível normal e já 1,7 metro abaixo do pior momento das cheias na cidade, quando o rio chegou a incríveis 8,2 metros, tornando esta a pior enchente da história da cidade e da região, algo que também se repetiu na capital e no Estado.

O nível registrado às 19h15 desta sexta-feira (17) é o mesmo em que o rio estava no dia 2 de maio, véspera do início do caos que se iniciaria no dia 3, com a água já ultrapassando a altura dos diques, e que chegaria a níveis absurdos no sábado (quando se registrou o recorde acima de 8 metros ainda na madrugada) e ainda no domingo dos dias 4 e 5 de maio.

Primeira bomba anfíbia foi instalada e está em funcionamento no bairro Campina



Primeira bomba anfíbia foi instalada e está em funcionamento no bairro Campina

Foto: Divulgação/Prefeitura de São Leopoldo

Bombas anfíbias em ação

A tendência do rio é de baixa nestes próximos quatro dias, o que ajuda o trabalho da Prefeitura e o Semae de São Leopoldo no bombeamento de águas dos bairros com a instalação emergencial de bombas anfíbias.

No Centro, onde as águas já recuaram, as casas de bombas do sistema anti-cheias já foram acionadas. Nos bairros Campina, Vicentina, São Miguel, Rio dos Sinos e Santos Dumont, onde as águas seguem ainda inundando vários locais, após reparos emergenciais em partes rompidas dos diques no Arroio João Corrêa (no bairros Vicentina e São Miguel, no final da Avenida João Corrêa) e no Arroio Gauchinho, na Vila Brás, próximo à Casa de Bombas da Santo Afonso (limite com Novo Hamburgo, está sendo feita uma operação com equipamentos anfíbios (que funcionam sob a água) locados junto à empresa Higra estão sendo colocadas em operação.

Esta operação com bombas extras possibilitará o religamento de casas de bomba originais desligadas devido à cheia. E, é claro, vai retirar boa parte das águas das ruas e casas inundadas dos bairros.  

A primeira de quatro bombas anfíbias previstas para a retirada de água dos bairros entrou em operação nesta tarde de sexta-feira, perto das 16 horas, no bairro Campina, próxima da Dalleaço, junto às pontes do Rio dos Sinos na BR-116. 

O conjunto que está instalado dentro da região alagada deve bombear a água por cima do muro do dique, de volta para o Rio dos Sinos. A capacidade de sucção é de 3.300 litros por segundo. Estima-se que a cada hora será retirado do bairro o equivalente a três piscinas olímpicas (careca de 7,5 milhões de litros de água).

O Semae adquiriu quatro destas bombas que foram produzidas, de forma emergencial, em um sistema de força-tarefa, pela equipe Higra. Isto deve garantir que elas trabalhem na drenagem das águas da enchente, que ainda mantêm bairros inteiros da cidade submersos. As próximas bombas devem entrar em operação junto à João Corrêa e Vila Brás, segundo o prefeito Ary Vanazzi.

Clima

O tempo segue instável, mas neste fim de semana, segundo previsões do site da MetSul, sem grandes volumes de precipitações. A chuva deve voltar com mais intensidade na próxima semana. Com menor volume na terça e quarta-feira, mas mais fortes na quinta-feira (23), quando pode chover mais de 50mm.  

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