Embora a inundação na Avenida João Corrêa siga escoando, a força-tarefa de resgates iniciada no dia 5 de maio continua firme no local. Às 15h desta sexta-feira (17), a água estava em frente às dependências do Atelier Autocenter, na João Corrêa, 1999.
No mesmo dia, o foco das operações está sendo o resgate de animais de estimação, no entanto, pessoas que ainda estão nos locais atingidos também estão sendo atendidas. A comunidade atingida nas proximidades pertence aos bairros São Miguel, Vicentina e Paim, prejudicados pelo transbordo do Arroio João Corrêa.
Na época, a capitã do 25º Batalhão da Brigada Militar de São Leopoldo, Bibiana Beck Menezes, explicou que a força-tarefa foi sendo desenvolvida conforme a proatividade dos órgãos, entidades e da comunidade. “Não há uma lista oficial de órgãos envolvidos, o planejamento foi sendo feito conforme a necessidade”, disse.
Entre os órgãos presentes no locais para prestar apoio aos moradores da região, estavam a Polícia Civil, Brigada Militar, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Bombeiros Civis de São Leopoldo, Exército de São Leopoldo, secretarias da Prefeitura, Organização da Sociedade Civil e diversas outras entidades sociais e governamentais.
Voluntariado que salva vidas
Um dos participantes da ação é a equipe dos Bombeiros Voluntários de Osasco, de São Paulo, que se uniu à força-tarefa nesta sexta-feira. De acordo com o comandante Osmar Ferreira, não é a primeira vez que ele e sua equipe participam de missões como essa.
“Nós fazemos isso desde que a instituição nasceu, em 2007. Nós estivemos em Brumadinho, por exemplo. Então, quando soubemos da situação grave, de grande proporção, nós nos comovemos e viemos”, afirma. “Estamos com cinco carros aqui e dois jet-skis. Nossa equipe tem 22 pessoas e, com o reforço que virá amanhã (18), serão 27”, completa.
O cabeleireiro Diego Albernas, de 41 anos, mora no loteamento São Geraldo, do bairro Feitoria, e também é voluntário. “Estou aqui desde que a força-tarefa começou, há quase 15 dias. Um dia antes eu já estava ajudando lá na Rua das Camélias”, conta. “Todo o pessoal daqui é voluntário. Nossas condições são bem precárias, a gente depende de doações e nossas roupas de neoprene já estão furadas”, acrescenta.
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