Limpeza da cidade
CATÁSTROFE NO RS: Entulho foi o que mais sobrou com a enchente
Secretaria de Mobilidade e Serviços Urbanos estima que deverá recolher 200 mil toneladas de resíduos com a inundação em São Leopoldo
Última atualização: 16/05/2024 16:13
Cerca de 1.200 caminhões com armários, cozinhas, sofás, colchões, entre outros móveis e utensílios estragados com a cheia já foram recolhidos em São Leopoldo, totalizando aproximadamente 5 mil toneladas. A ação é coordenada pela Secretaria de Mobilidade e Serviços Urbanos (Semurb), que está atuando juntamente com a Secretaria de Obras e Viação (Semov) e com as Subprefeituras da Zona Leste e Norte.
Conforme o secretário da Semurb, Sandro Lima, acredita-se que 200 mil toneladas de entulhos deverão ser recolhidos, trabalho que ainda deve levar de 30 até 60 dias. "Estamos nos organizando para que seja uma tarefa rápida, dentro do possível, e efetiva. Isso ajuda as pessoas a se reorganizar e que não fiquem se deparando toda a hora com o que acabaram perdendo."
São 50 caçambas, 20 retroescavadeiras, 4 caminhões garra e 5 escavadeiras trabalhando. "Montamos uma equipe grande e iremos ampliar." O material é levado para entrepostos da Feitoria e da Scharlau.
Lima diz que, as equipes estão quase encerrando a coleta na região da Feitoria e na área central. "Falta um quadrante no Centro onde ainda tem água." Segundo ele, em outros locais, onde a água havia recuado, já tinha limpeza também, como em áreas da Vicentina, Santos Dumont, Scharlau e Vila Brasília. "Mas tivemos que recuar porque a água voltou a subir."
"Vamos fazer também uma ação para auxiliar a famílias a limpar suas residências. A limpeza é a primeira etapa da reconstrução."
Menos de 5% já foi recolhido
Conforme o titular da Semov, Geraldo Passos, a secretaria trabalha com 21 caminhões e outros mais atuam pela Semurb. "Queremos chegar a 80 caminhões para fazer a limpeza de entulhos. Estamos contratando caminhões e equipes", afirma Passos, ressaltando que o que já foi recolhido representa ainda menos de 5% do total danificado pela enchente histórica.
A orientação é de que a população coloque os entulhos e restos de móveis inutilizados em frente às suas casas, para que as equipes possam retirá-los. A prefeitura também disponibilizou o whatsApp (51) 98502-3766 para que se possa solicitar a retirada.
Conforme o prefeito Ary Vanazzi, em live na tarde desta quinta-feira (16), serão necessários entre 50 e 60 milhões de reais somente para a limpeza da cidade. Com o decreto de calamidade pública, os recursos devem vir do governo federal.
Lixo domiciliar
Quanto ao Lixo domiciliar, Sandro Lima diz que com a obstrução da BR-116 a programação está comprometida. Além disso cerca de 90% dos trabalhadores que atuam na coleta foram tingidos pela enchente.
"Estamos viabilizando um entreposto provisório para agilizar o serviço deste lado da cidade, já que o aterro fica na zona norte. Estamos fazendo a coleta de forma emergencial." O secretário Sandro Lima acredita que no início da próxima semana deva estar normalizada a coleta de lixo domiciliar na cidade.
Buracos
O titular da Semov, Geraldo Passos, também cita outra questão que surgiu com a chuva excessiva que caiu: os buracos nas ruas. "Já iniciamos os reparos em ruas do Centro", informa.