Após o caos iniciado em 3 de maio, quando todas as quatro pontes sobre o Rio dos Sinos foram interditadas devido à cheia histórica do Rio dos Sinos, nesta quarta-feira (22) todas elas estão liberadas ao tráfego. O movimento tem sido grande em horários de pico e normal durante a maior parte do dia e noite, praticamente igual ao que era antes das interdições, com a diferença da grande circulação de pessoas buscando verificar ou limpar seus imóveis, o volume de entulhos junto às laterais das vias e a falta de iluminação em alguns pontos ainda sem energia elétrica.
A ponte da BR-116, que viveu momentos de interdição e de liberação parcial ou emergencial nestes 19 dias, foi a primeira a ser toda liberada – inclusive com tráfego nos dois sentidos – no domingo (19). Ainda é preciso cuidado em alguns pontos com pessoas e veículos no acostamento, além da preferência ao tráfego de veículos de emergência. Próximo às pontes do Sinos o tráfego é lento na BR-116. E é preciso cuidar com o uso da terceira faixa que apresenta trechos livres e interrompidos sem sinalização.
Já na segunda-feira (20), foi a vez da histórica Ponte 25 de Julho ser liberada, inicialmente com parte da Avenida Caxias do Sul ainda alagada, mas transitável entre a ponte e a BR-116. Mas já na terça-feira (21), com o recuo das águas, a Caxias estava praticamente seca.
E neste dia também ocorreu a reabertura da Ponte Ingá, na Avenida Mauá, que foi totalmente liberada na área central, mas que ainda tinha restrição pela água no lado dos bairros Rio do Sinos/Santos Dumont. Nesta quarta-feira (22), a água recuou e já é possível trafegar pela Mauá sem restrições ou desvios nos dois sentidos – mas ainda é preciso cuidado pelo movimento de pessoas retornado às casas e também pelo empilhamento de entulhos na via.
Foto: Amanda Krohn/Especial
A quarta e última ponte liberada foi a Henrique Roessler (ao lado do Ginásio Municipal Celso Morbach), nesta tarde de quarta (22), com o recuo das águas na Rua Dr. Hillebrand, no bairro Rio dos Sinos. Até a noite, a água ainda cobria o trecho entre a Rua Michel Steigleder e a Avenida Coronel Atalíbio Taurino de Rezende (a rótula com a Avenida Arnaldo Pereira da Silva já estava sem água).
Por isso, quem trafega na Rua Dr. Hillebrand no sentido Centro-bairro precisa desviar do aguaceiro pela Rua do Portão (uma quadra antes da Rua Michel Steigleder) para ir à Avenida Mauá e aí pegar o retorno para ir em direção a Novo Hamburgo sob a elevada do trem. Já para quem quer pegar a BR-116 é preciso desviar uma quadra antes, pela Rua da Estação, que dá na Avenida Caxias do Sul e ao acesso à rodovia. Se subir pela Rua do Portão é preciso voltar uma quadra pela Rua 7 de Abril e aí pegar a Rua da Estação para acessar a Avenida Caxias do Sul e, depois, a BR-116.
Foto: Guilherme Schmidt/GES-Especial
A tendência, dependendo do volume da chuva prevista para esta quinta-feira (23), é que as águas recuem na Rua Dr. Hillebrand e nas perpendiculares a ela e às Avenidas Caxias do Sul e Mauá.
Cuidado redobrado no trânsito
Vale alertar que nestas ruas dos bairros Rio dos Sinos e Santos Dumont há uma grande circulação de pessoas tentando limpar seus imóveis e de veículos carregando móveis e entulhos. É preciso trafegar com velocidade baixa e cuidado extremo para evitar acidentes.
O alerta maior em todas estas travessias é para o período da noite. A energia elétrica ainda está desligada em partes dos bairros Rio dos Sinos, Santos Dumont e Campina, provocando uma total escuridão nestes pontos, só tendo os faróis dos veículos como referência. É preciso cuidado com animais nas vias (há muitos cachorros perambulando nas ruas) e também com algumas pessoas que circulam pelos locais e estão de vigília pelas suas casas e comércio ainda sem energia elétrica.
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