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SAÚDE NO VERÃO

Calorão exige cuidados redobrados com a saúde

Riscos de insolação e desidratação são maiores para crianças e idosos

Publicado em: 01/02/2024 às 19h:16
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Com os termômetros registrando máximas de 34ºC a partir de hoje, 1º de fevereiro, podendo chegar a 41º C no domingo(4), vem a preocupação com a saúde. De acordo com o cardiologista e coordenador da emergência do hospital, Nery Antônio de Matos Jr, as consequências mais comuns do calorão são desidratação, insolação, problemas cardíacos e infecção alimentar causa da pela ingestão de alimentos que ficaram expostos ao sol por muito tempo.

Especialista dá orientações para evitar problemas graves de saúde causados pelo calor



Especialista dá orientações para evitar problemas graves de saúde causados pelo calor

Foto: Adobe Stock

Entre as principais recomendações do profissional estão consumir bastante líquido, frutas – sobretudo as
que possuem bastante água em sua composição, como melancia e melão -, e verduras. “É necessário ter uma atenção ainda mais especial com crianças e idosos, pois muitos não sentem sede como nós, o que faz com que eles estejam ainda mais sujeitos à desitratação”, ressalta. “Por isso, é importante que pacientes idosos estejam sempre em contato com seus médicos para ajustes de medicação”, continua.

Nery alerta ainda para o cuidado com alguns produtos. “Alimentos com ovo ou maionese devem ser consumidos na hora em que são preparados, pois o calor gera microorganismos que contaminamo alimento e podem causar intoxicação”, alerta.

O profissional orienta também que a comunidade evite permanecer exposta ao sol por muito tempo
ou sair de casa em horários muito quentes, além de usar protetor solar e roupas leves, soltas e claras, que refletem a luz do sol.

Reconhecendo os sinais

A população deve estar atenta aos sinais dos problemas de correntes do calor excessivo. Quanto aos sintomas de intoxicação alimentar, conforme o Ministério da Saúde (MS), são dor abdominal, cólicas abdominais, diarreia, febre baixa, náuseas e vômitos, cansaço. Especialista dá orientações para evitar problemas graves de saúde causados pelo calor e fraqueza. O dr Nery Antônio alerta que, se não tratados, podem levar à desitratação.

No caso da desidratação, segundo o portal Drauzio Varella, ela pode ser classificada em três graus: leve,
moderada e grave. Nos dois primeiros, os principais sintomas são sede exagerada, boca e pele secas,olhos fundos, ausência ou pequena produção de lágrimas, diminuição da sudorese e, nos bebês, moleira afundada.

Já os sintomas graves incluem queda de pressão arterial, perda de consciência, convulsões e coma, podendo levar até mesmo à falência de órgãos e à morte. No caso da insolação, de acordo com o MS, os sintomas tendem a aparecer aos poucos. Entre eles estão: dores de cabeça, tontura, náusea, pele quente e seca, pulso rápido, temperatura elevada, distúrbios visuais e confusão mental. Em casos graves, o paciente pode ter respiração rápida e difícil, palidez ou desmaio, convulsão e outros. Se não tratados, podem levar ao coma ou até à morte.

No domingo, os termômetros podem ultrapassar os 41ºC



No domingo, os termômetros podem ultrapassar os 41ºC

Foto: Adobe Stock

Como buscar socorro

Em qualquer um dos casos, seja insolação, desidratação ou intoxicação alimentar, a orientação é chamar o mais rápido possível o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo 192. Enquanto os socorristas não chegam, em caso de insolação, o acompanhante deve buscar um lugar fresco e poderá esfriar o corpo do paciente em questão com panos úmidos ou spray com água. OMS ainda recomenda
remover o máximo possível de peças de roupa, além de manter o paciente em repouso e com a cabeça elevada, caso esteja consciente.

Fim do El Niño e La Niña à vista: o que esperar do clima

Segundo a Organização Metereológica Mundial (OMM), 2023 foi o ano mais quente da história do planeta. No Brasil, as temperaturas mantiveram uma média de 24,92ºC: 0,69°C acima da média histórica de 1991/2020, que é de 24,23°C. A alta das temperaturas ocorreu devido ao El Niño, que deve permanecer até março deste ano e pode se estender até o mês de abril, de acordo com dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).

Além disso, conforme o último relatório da NOAA, há 65% de chance de o La Niña voltar às águas do Oceano Pacífico no inverno deste ano. Na última vez em que esse fenômeno atingiu o planeta, a duração foi de três anos, encerrados em 2023. Ao contrário do El Niño, o La Niña causa o resfriamento de 0,5ºC da temperatura do Oceano Pacífico. Quando nenhum dos dois está em atividade chama-se de neutralidade e, conforme o mesmo relatório, há 75% de chance de isso acontecer em junho. No Sul do Brasil, o La Niña foi marcado por graves estiagens (ausência de chuva, que pode ou não causar uma seca) e quebras de safra. Isso acontece porque, nessa região, o clima fica mais frio e seco.

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