COMÉRCIO NO VERÃO
Calorão dá início à procura por ventiladores e condicionadores de ar em São Leopoldo
Além do clima, a necessidade de repor itens após a enchente também influencia o movimento nas lojas.
Última atualização: 06/01/2025 15:21
Com o aumento das temperaturas, o comércio já registra uma maior procura por ventiladores e aparelhos de ar-condicionado no Centro de São Leopoldo. Além do clima, a necessidade de repor itens após a enchente também influencia o movimento nas lojas.
Israel Atkinson, gerente de uma loja de eletrodomésticos na Rua Independência, afirma que a demanda já está alta, embora não tenha ultrapassado a de 2023. “A venda está boa, até porque o pessoal está precisando. Por causa da enchente, muita gente teve perda de ar-condicionado e teve que renovar. Então, a procura está alta. Muito alta. É o que mais tem saído.”
Em outra loja da Rua Independência, no entanto, a situação é diferente. Conforme o gerente Isaías Alves, também de uma loja de eletrodomésticos, os números do verão passado foram melhores. “Este verão (dezembro de 2024) teve vários dias frios que, no verão passado, não teve, quando as vendas haviam começado já em dezembro (2023)”, compara. “Dessa vez começou agora, em janeiro”, completa.
Consumidores fazem pesquisa de preço
Mesmo com o início da procura, nem todos os consumidores têm conseguido concluir a compra. A auxiliar de limpeza Inair Rodrigues, de 52 anos, foi afetada pela enchente no bairro Vicentina e saiu à procura de um ar-condicionado novo para substituir o que estragou.
“O nosso está no conserto desde julho. Eles não estão encontrando as peças e estão tentando ver se tem para agora, em janeiro, fevereiro”, conta a auxiliar, que já não tem certeza se realmente terá seu aparelho de volta.
“Não dá para ficar sem, mas vamos ver. Estamos pesquisando os preços, porque está difícil. A gente até viu um valor, mas agora os juros vão lá em cima, né? Acho que a gente vai ter que esperar mais um pouco para comprar, ver se dá uma entrada.”
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A cozinheira Jurema Dutra, 61 anos, é do mesmo bairro e também enfrenta dificuldades. “Até estou precisando de um, mas agora, no momento... A gente pegou enchente, então tem que ir devagar”, diz. “Já pesquisei vários preços, mas a gente já comprou muitas coisas, como um sofazinho, e também comprei um ventilador. Já o ar-condicionado não dá para comprar”, continua.
Para Jurema, na época em que a inundação acometeu o Estado, os preços estavam menores. “Agora, a gente compra uma coisa ou duas e já não dá para comprar mais nada”, desabafa.