Expansão do conhecimento. A Unisinos tem entre suas marcas o desenvolvendo de ações em diferentes campos de pesquisas. E algumas em pontos extremos como o trabalho realizado na Antártica. Dessa vez, no horizonte também um ponto essencial do planeta: a Amazônia. A ação foi organizada pela Academia Amazônia Ensina, uma instituição de educação, aprendizado e pesquisa para o ensino da sustentabilidade econômica e ecológica, e ocorreu em fevereiro. Mas os detalhes da viagem foram divulgados na última semana, envolvendo professores da Escola Politécnica.
Foto: Arquivo Pessoal/Adriane Brill Thum
A expedição Amazônia 21 contou com a coordenadora do curso de Gestão Ambiental, Adriane Brill Thum, juntamente com a professora Elisa Kerber Schoenell. Foram oito dias navegando pelo Rio Negro a partir de Manaus, passando por comunidades ribeirinhas e indígenas. De acordo com Adriane, a viagem proporcionou momentos de muito estudo, trocas, ideias de projetos futuros. E claro: estar na Amazônia. Ou seja: maior biodiversidade do planeta, maior bioma do Brasil, maior floresta tropical do mundo e a maior bacia hidrográfica do planeta.
A professora Elisa, que se envolve com disciplinas ligadas à qualidade ambiental e gerenciamento de resíduos, ressaltou o quão impressionante foi observar a água evaporando das copas das árvores, produzindo nuvens, vivenciando evapotranspiração. Adriane ressalta que é ali que se formam os “rios flutuantes”, massas de água que se precipitam por todo o continente, e que interferem no clima global. Adriane trabalha na área de geociências, com ênfase em topografia, atuando em temas como georreferenciamento, geoprocessamento, sensoriamento remoto.
“Falar da Amazônia hoje, para mim e para Adri, vai ser diferente. A gente tem tantas curiosidades para contar, tantas questões que a gente viveu, respirou, tem fotos para provar, vídeos, enfim. Acho que interessa muito mais os alunos”, reforça Elisa.
LEIA TAMBÉM
Comunidade indígena Cipiá
Adriane e Elisa visitaram a comunidade indígena Cipiá, e passaram quatro dias na comunidade ribeirinha do Tumbira, que faz parte da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro. “Essa comunidade, especificamente, que ficamos hospedadas, se transformou em uma unidade de conservação, e a partir disso, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), junto de outros institutos e ONGs, foram lá dar assistência para essas pessoas, e hoje a comunidade não explora mais a floresta de forma destrutiva”, explica Adriane. A expedição Amazônia 21 é um ciclo de formação. Cada viagem conta com até 60 pessoas, divididas em duas turmas, com temáticas de negócios, empreendedorismo, sustentabilidade e ecologia. As próximas expedições devem ocorrer de 9 a 12 de julho e de 16 a 23 de julho.
Institutos e torre para observar a floresta
Foto: Arquivo Pessoal/Adriane Brill Thum
As professoras visitaram o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), responsável pelo Programa Prioritário de Bioeconomia e o Projeto Carbono Neutro, além do Museu da Amazônia, que permite observar a floresta do alto de uma torre de 40 metros.
Elas também tiveram um momento com o diretor executivo do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT), Geraldo Feitoza, em uma conversa sobre como biodiversidade e a tecnologia. O itinerário também incluiu o Museu do Homem do Norte, onde assistiram a palestra Introdução ao Panorama Indígena do Alto Rio Negro, com o professor Gilton Mendes (Ufam) e o mestrando Jaime Diakara, da etnia Desana.