A maior enchente da história de São Leopoldo já atinge a esquina das ruas Independência e Conceição, no Centro de São Leopoldo. A Praça Daltro Filho, conhecida como Praça dos Brinquedos e os Correios já estão tomados pela água, assim como inúmeros estabelecimentos comerciais e casas.
Foto: Adriana Tauchert/GES-Especial
Conforme a assessoria de comunicação da Prefeitura, são mais de 150 mil desabrigados e desalojados no município e o resgate continua. O cenário é desolador. Desde sábado, o som de sirenes e dos helicópteros que fazem o resgate dos atingidos pela cheia se ouve a todo o instante.
Na Rua Grande, principal rua da cidade, a tentativa de lojistas é salvar mercadorias em lojas que ainda não foram atingidas pela enchente. Em muitas delas, lojistas estão tirando mercadorias ou erguendo. Sacos de areia também estão sendo colocados na entrada.
Em uma loja, equipe de funcionários e familiares destes trabalharam desde às 9 horas da manhã levando as mercadorias para o segundo piso, enquanto a água já quase passava do meio-fio na rua e ameaçava avançar pela calçada. Por volta das 13 horas, baixaram a grade do estabelecimento, com certo alívio do trabalho que havia sido concluído. “Ficamos horas passando tudo da loja para o segundo piso”, disse a supervisora Mari Oliveira, 57 anos. “Tivemos muita ajuda, há muita solidariedade”, afirmou.
“Perdi tudo no meu apartamento”
Em outro estabelecimento, a sócia-proprietária, Marlene Soares Santos, 59 anos recolheu todas as mercadorias da óptica e os móveis foram erguidos. “Meu filho perdeu duas lojas em Lajeado”, disse ela que levaria os itens da loja de São Leopoldo para Cachoeirinha. “Perdi tudo no meu apartamento na Rua São João”, relatou desolada. “A água estava praticamente da minha altura”, lamentou, dizendo que precisou ir para casa de familiares em Cachoeirinha. “Não sei como vai ser daqui pra frente.”
LEIA TAMBÉM
