SÃO LEOPOLDO
Ação de retirada de 50 pinheiros de propriedade privada pode durar até 15 dias
Supressão das árvores foi autorizada pela Semmam e está sendo feita após notificação da RGE, que apontou risco à rede elétrica por conta do porte dos vegetais; empresa pagou compensação ambiental
Última atualização: 18/04/2024 11:34
O trabalho de supressão de 50 pinheiros localizados numa propriedade privada do grupo de empresas da Bins, na esquina das avenidas Mauá e Presidente João Goulart, em São Leopoldo, deve durar cerca de 15 dias. Os serviços foram iniciados na segunda-feira (15), por empresa especializada, com acompanhamento da Defesa Civil Municipal, Secretaria de Mobilidade e Serviços Urbanos (Semurb) e Rio Grande Energia (RGE).
De acordo com a prefeitura leopoldense, a retirada das árvores tem sido planejada desde 2021 e, desde então, os vegetais já foram a causa de problemas por conta de estarem próximos a uma importante rede elétrica, com eventuais quedas de postes sobre eles.
O Grupo Bins contratou uma empresa especializada para realizar a supressão e manejo das árvores com apoio de órgãos municipais e da RGE, devido ao impacto na comunidade e aos riscos envolvidos, especialmente em relação à rede elétrica. A ação foi autorizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam). A calçada do trecho onde as equipes estão atuando está isolada para evitar acidentes com pedestres.
Necessidade
“Trata-se de uma operação coletiva. O grupo de empresas nos procurou dando ciência da ação e solicitou orientações para que a execução dos serviços ocorresse de forma que não oferecesse grandes riscos à comunidade”, destacou o superintendente da Defesa Civil municipal, Paulo Borges.
Na semana passada, à comunicação da prefeitura leopoldense, o representante do grupo de empresas da Bins, Sérgio Luiz Ferandin, explicou o motivo da demanda. “A necessidade da supressão tem como origem a notificação da RGE, que identificou a existência de árvores de porte inadequado, oferecendo elevado risco à rede elétrica, causado por eventos climáticos adversos, podendo afetar diversos consumidores, tais como: hospitais, indústrias, delegacias, transeuntes, entre outros”.
Compensação ambiental vai direto para o Fundema
Biólogo da Semmam, Joel Garcia Dias explicou que, pela supressão das árvores, houve um processo de compensação ambiental e a empresa optou por pagamento direto ao Fundo Municipal do Meio Ambiente (Fundema) no valor de R$ 14.136,50, valor que será destinado para arborização urbana.
“As árvores que foram manejadas constam da portaria 79/2013 da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) como espécies exóticas invasoras, das quais os órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) devem tomar providências para o controle dessas espécies por representarem uma ameaça à biodiversidade local”, complementou.