Acadêmicos Verde e Rosa celebra primeira vitória e presidente comemora

A Acadêmicos Verde e Rosa conquistou, no desfile do sábado (2), sua primeira vitória no carnaval desde a mudança de nome em 2017 (anteriormente, a agremiação chamava-se Acadêmicos do Rio Branco). O orgulho sentido pela presidente Lisiane Ferreira Miranda, conhecida popularmente como Lisi Miranda, não poderia ser maior.

Lisiane é a única mulher a presidir uma escola de samba em São Leopoldo. Aos 35 anos de idade, ela conta que gosta e acompanha o carnaval desde a sua infância, mas participa da agremiação há aproximadamente cinco anos. "Eu criei um amor ainda maior pela escola quando entrei nela e conheci sua história, eu assistia os desfiles desde criança. Gosto de carnaval desde sempre", relata. "Sempre fui simpatizante da cultura carnavalesca, mas esta é a primeira vez que participo como presidente", continua.
Orgulhosa, ela fala sobre o sentimento de admiração que ela tem em relação à Acadêmicos Verde e Rosa. "Percebo que é uma escola com muito amor à sua bandeira, se doam ao máximo e fazem o possível e o impossível para desfilar, mesmo sem ter um barracão", elogia.

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Superação

Conforme Lisi Miranda, o maior desafio que ela enfrentou junto à agremiação foi o incidente do desfile de 2023. "Tivemos um problema no nosso carro alegórico, que quebrou o eixo da roda ao entrarmos na avenida. Entramos já sabendo que íamos perder, mas mesmo com dor no peito, desfilamos", lembra. "Neste ano revemos tudo o que foi feito de errado e fizemos uma verificação minuciosa no veículo. Nossa expectativa agora é mantermos essa posição", finaliza.

Estação Primeira deve recorrer

Mesmo após a vitória que rendeu à Acadêmicos Verde e Rosa a conquista do primeiro troféu desde a mudança de nome feita em 2017 (anteriormente chamava-se Acadêmicos do Rio Branco), a agremiação ainda pode perder o título. Isso porque a Estação Primeira de São Léo, que ficou em 5º e último lugar devido a uma sanção administrativa que lhe custou cinco pontos administrativos, anunciou, em nota oficial publicada em suas redes nessa segunda-feira (4), que recorrerá da decisão.

A justificativa dada à penalidade foi propaganda política em uma de suas alegorias, que possuía o logo da celebração do Bicentenário da Imigração Alemã em São Leopoldo, tema central dos sambas-enredo sugerido pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult). Em nota oficial publicada nas redes, a Estação Primeira defende-se afirmando que uso do símbolo não consiste em propaganda política, pois trata-se da comemoração de um marco histórico, não de uma publicidade partidária.