PRAÇA LOTADA
50 mil visitantes e 45 mil livros vendidos na 38ª Feira do Livro de São Leopoldo
Encerrado neste domingo (22), o evento ocorria desde o dia 10 na Praça da Biblioteca
Última atualização: 22/09/2024 20:41
Mais de 50 mil pessoas passaram pela Praça da Biblioteca durante as duas semanas da 38ª Feira do Livro Ramiro Frota Barcelos. Entre os dias 10 de setembro e este domingo (22), mais de 40 mil livros foram vendidos pelos 30 livreiros instalados no local.
Uma das principais atrações do encerramento da feira foi o show "O Nome dela é Gal", de Fernanda Copatti, que, caracterizada como a cantora, cantou diversos clássicos de Gal Costa, entre eles, "Vaca Profana". Antes dele, ocorreu o show da banda C2, com voz e violão, além de diversas outras atrações, como contações de histórias e lançamentos de livros de escritores locais.
Sob o tema "Nas páginas do Tempo, a história se revela" a feira foi realizada pela Prefeitura de São Leopoldo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e Secretaria de Cultura e Relações Internacionais (Secult), com correalização do Sesc-Fecomércio São Leopoldo e apoio da Sebratel.
São Léo mais Livros
Em meio à vasta programação, o maior destaque foi o programa São Léo Mais Livros, que concedeu a cada estudante ou funcionário da rede municipal um voucher de R$ 60,00 para comprar livros de sua escolha.
A estudante Sofia Moreira Teixeira, de 9 anos, moradora do bairro São Miguel, não conseguiu vir na feira nos dias anteriores, mas fez questão de aproveitar o seu vale, nem que fosse no último dia.
Pelo título instigante, ela comprou a obra "Definitivamente não abra este livro", de Andy Lee, e levou também o "Meu Diário Mágico", que vem com caneta e cadeado.
"Este já é meu quinto diário, eu escrevo desde a segunda série", conta a menina, que gosta de registrar o que acontece em sua vida. "Nele eu conto todos os meus segredos. E são muitos, muitos segredos", continua.
Motivo de alegria para os livreiros
O voucher também foi um grande benefício para o livreiro Luiz Antônio Cechinato, de 59 anos, que veio de Canela pela segunda vez e conseguiu trocar mais de mil vouchers em seu estande. Junto com ele, trabalha a vendedora Mariane dos Santos, 34.
"O que nos fez voltar a participar foi justamente a lei municipal de incentivo. As crianças podem ter a autonomia de vir até aqui e escolher um livro, e isso ajuda tanto culturalmente a elas como a economia", destaca Mariane.
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"Eventos assim são muito bons, porque cada vez que acontece uma Feira assim com o voucherzinho, é um incentivo a mais para a criança e também fomenta a educação como o papel principal para o desenvolvimento da criança", afirma Luiz.
"Um sonho maravilhoso que a gente concretiza"
A titular da Smed, Renata de Matos, comenta sobre a realização do evento após a enchente histórica que ocorreu em maio deste ano. "Conseguir realizar a feira do livro do tamanho em que ela ocorreu esse ano e depois de uma tragédia climática que nós vivenciamos juntos, e poder dizer que a se a cidade se reconstrói, ela se reconstrói pelo braço dado da cultura e da educação, já é um sonho maravilhoso que a gente concretiza nessas semanas."
O secretário da Secult, Marcel Frison, comentou sobre a importância desse resultado para o município. "Isso gera um impacto enorme na cidade, do ponto de vista do aprofundamento de uma cultura através do livro, do estudo e do conhecimento. Acho que a cada ano a feira tem crescido mais e vai se tornar cada vez mais uma referência, não só para o município, mas para a região e o Estado."
A diretora do Sesc São Leopoldo, Andrea Guedes, destacou a grande presença de público no evento em um contexto pós-enchente. "A gente pode ver que as pessoas, apesar de terem tido suas perdas, estavam presentes e o número de crianças e adolescentes que participaram corrobora com a importância que há na leitura e o projeto de feiras do livro."