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A FESTA DO ESPORTE

3ª edição do Parajem reuniu cerca de 200 alunos leopoldenses na Unisinos

Parajogos Escolares visam promover acessibilidade e inclusão social

Publicado em: 31/10/2024 às 03h:00
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O 3º Parajogos Escolares Municipais (Parajem) de São Leopoldo reuniu cerca de 200 alunos da rede pública na pista do Complexo Desportivo da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) nesta quarta-feira (30). A ação tem como objetivo promover inclusão social, visibilidade e o acesso ao esporte para estudantes com deficiências e transtornos de desenvolvimento.

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3º Parajem ocorreu no Complexo Desportivo da Unisinos



3º Parajem ocorreu no Complexo Desportivo da Unisinos

Foto: Thales Ferreira/ Prefeitura de São Leopoldo

Chute a gol foi uma das modalidades realizadas



Chute a gol foi uma das modalidades realizadas

Foto: Thales Ferreira/Divulgação/Prefeitura de São Leopoldo

O evento foi promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) com apoio do Serviço Social do Comércio (Sesc). Foram integradas 25 escolas, segundo a coordenadora do Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão (Napi) da Smed, Ana Patrícia Amorim.

Conforme a coordenadora dos Parajogos, Margarete da Silva, o número de inscritos superou o do ano passado. “No ano passado fizemos em local fechado devido ao clima, já neste foi possível fazer em um espaço aberto. Além disso, as pessoas vão se apropriando, percebendo a importância e a necessidade da iniciativa”, comenta.

Distribuído em sete estações, cada uma com uma modalidade diferente, o evento permitia que cada aluno passasse em média 20 minutos em cada atividade. Dentre elas estavam: corrida, salto em distância, arremesso de disco, peso e pelota, arremesso de dardo, chute a gol e vôlei sentado.

Inclusão social

Margarete da Silva destaca a importância da ação para dar visibilidade aos estudantes com deficiência. “Quando oferecemos esse espaço de prática esportiva para o público da pessoa com deficiência, com mobilidade reduzida, a gente traz a oportunidade para que eles sejam inseridos em outros espaços também e possam ser mais vistos.”

“O esporte precisa ser oferecido para todos. Todos gostam de brincar, de se divertir e de jogar. Então quando a gente organiza espaços e momentos para pessoas com deficiência, estamos abrindo e ampliando momentos de diversão que vão ser oferecidos para todas as pessoas”, acrescenta.

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Ana Patrícia reforça a importância dos jogos para o bem estar dos estudantes com deficiência. “Entendemos que a oferta dessa atividade traz um desenvolvimento não só pela prática do esporte, mas também pelas questões de interação, de convívio e de desenvolvimento de habilidades. Isso faz a criança perceber que ela tem potencialidade e alcançar os seus objetivos”, defende.

“O Parajem é um momento de estar entre os pares. Nós defendemos a educação inclusiva de fato, não basta só ter uma flexibilização de conteúdo ou ter uma mesa adaptada. É uma educação humanizada, em que a criança se sente parte daquela escola”, conclui.

Um momento de vitória

Arthur Petrick Raimundo de Souza tem 12 anos e é diagnosticado com Síndrome de Prune Belly e Transtorno do Espectro Autista (TEA). A síndrome é uma doença genética rara caracterizada por interferir na musculatura do abdômen, na formação do trato urinário, entre outros aspectos.

Arthur esperou pela ação o ano inteiro, segundo a mãe



Arthur esperou pela ação o ano inteiro, segundo a mãe

Foto: Amanda Krohn/Especial

Estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Santa Marta e morador do bairro Campestre, ele já possui duas medalhas: uma pelo vôlei e uma da corrida. “Eu fico muito feliz com a vitória”, conta. Neste ano, seu maior foco foi o futebol, seu esporte favorito.

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Enquanto jogava, Arthur era assistido pela mãe, a dona de casa Denise Elisandra Souza, de 38 anos, e o pai, o jardineiro Valdeci Marcos Ferreira, 61, que torciam por ele na arquibancada. “Como ele esteve muito limitado neste ano todo e não pode fazer muita coisa, ele estava o ano inteiro esperando por esse evento. É um momento de liberdade para ele, um momento de vitória”, afirma.

Como mãe, Denise não consegue deixar de se sentir emocionada. “Não tem preço. Todas crianças que estão aqui ensinam muito: eles nos ensinam a ter vontade de viver, a ter vontade de levantar todos os dias e lutar cada dia mais.”

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