Na semana em que completaram 50 dias de trabalho ininterrupto na produção de marmitas e arrecadação de roupas e cobertores, os voluntários do projeto social Conexão Esperança foram homenageados nesta segunda-feira (17).
Em uma noite dedicada a agradecer àqueles que doam seu tempo e seu afeto para uma causa sem pedir nada em troca, foi com o misto de sentimentos que os idealizadores da iniciativa – que atua há 10 anos no município através da Paróquia Luterana Primavera, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil (IECLB) celebraram a atuação dos cerca de 120 voluntários no atendimento às vítimas das enchentes em Novo Hamburgo.
“O trabalho dessas pessoas beneficiou dezenas de famílias que contaram com a força da caridade neste momento tão difícil que enfrentamos, e nada mais justo que dar esse ‘carinho’ para quem estendeu a mão a tantas pessoas”, explica a coordenadora do Conexão Esperança, Claudete Schneider.
Quem chegou agora e quem já faz parte da história
No grupo que reúne pessoas das mais diversas profissões e regiões da cidade, há quem esteja desde a fundação e também quem chegou durante a catástrofe. Cada um, ajudando como consegue, seja descascando alhos e batatas para as refeições, fazendo o transporte das doações ou ainda doando seu tempo para uma boa conversa.
A aposentada Rosane Nienow (65) é uma das fundadoras. Está há 10 anos como voluntária na entidade, mas afirma que nenhuma ação foi tão significante quanto o amparo às famílias afetadas pelas enchentes. “A gente nunca imagina, mas um abraço ou apenas sentar para ouvir, às vezes é tudo que aquela pessoa precisa e poder fazer isso é tão gratificante que não há como resumir.”
A cozinheira Vanderleia Figueira (46) fez o caminho inverso. Há cerca de seis meses, após uma cirurgia no ombro, que a deixou sem conseguir trabalhar por um período, foi por meio de doações de alimentos do Conexão Esperança que ela não deixou faltar comida na mesa da família.
Hoje é Vandinha – como é conhecida pelos amigos – que faz a logística de distribuição das refeições. Ligando quem precisa de ajuda com quem quer ajudar. “Eu fui acolhida quando precisei e foi por esse acolhimento que procurei o grupo quando as chuvas se intensificaram e não pretendo parar mais”, conta emocionada a voluntária.
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