Moradores de Novo Hamburgo puderam garantir proteção contra a Covid-19 e a gripe neste sábado (6). Os postos de saúde abriram hoje até as 15 horas para o Dia D contra a influenza.
Mas há cidades em que o calendário de vacinação pôde ser colocado em dia, com aplicação de doses da BCG e a pentavalente. No Município, a Secretaria Municipal da Saúde aproveitou para ofertar as doses da vacina bivalente contra a Covid-19. Por isso, todas as unidades de saúde foram abertas. Durante a manhã, por conta da chuva, o movimento foi pequeno.
Além disso, das 13 às 18 horas, no andar térreo do Bourbon Shopping Novo Hamburgo terá um ponto de imunização contra a gripe. Do grupo prioritário, não serão vacinadas no Shopping crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade.
A professora aposentada Dalila Inês Maldaner Backes, 63 anos, e o engenheiro civil Jorge Agostinho Backer, 66, foram até a Unidade de Saúde da Familia (USF) Vila Kunz nesta manhã. Com a carteirinha repleta de carimbos, o casal participa de todas as campanhas.
“Em primeiro lugar eu venho porque penso na prevenção. Depois não adianta chorar por aquilo que poderia ser prevenido. Faço todas as vacinas disponíveis, ainda mais que é gratuita. Não aproveitar isso é quase um absurdo”, disse Dalila.
Em Novo Hamburgo, o público-alvo corresponde a cerca de 96 mil pessoas.
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Quem pode tomar a bivalente
Para receber a dose da bivalente, contra o coronavírs, é preciso que a pessoa tenha recebido, pelo menos, o esquema primário inicial de duas doses: D1 e D2 com a vacina monovalente (CoronaVac, Astrazeneca, Pfizer ou Janssen).
Também precisa respeitar o intervalo de quatro meses da última dose recebida da D2 ou quatro meses de intervalo de qualquer reforço que se possa ter recebido. Não é impeditivo estar com alguma das doses de reforço em atraso.
Para quem é a vacina da gripe
Podem se vacinar crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas, povos indígenas, trabalhadores da saúde, idosos a partir de 60 anos e professores das escolas públicas e privadas.
Também são público-alvo pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, profissionais das forças de segurança e salvamento e das forças armadas.
Ainda integram o grupo preferencial caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
É importante levar documento com foto e Cartão do SUS de Novo Hamburgo. Pacientes crônicos e deficientes permanentes devem apresentar também algum documento, laudo ou receita médica que comprove a condição clínica. Já os profissionais, algum documento que comprove o vínculo empregatício.
Queda na cobertura preocupa
A queda na cobertura vacinal é uma preocupação do Ministério da Saúde. Conforme dados da Unicef, entre 2019 e 2021 no Brasil 1,6 milhão de crianças não receberam nenhuma dose da vacina DTP, que previne contra difteria, tétano e coqueluche, entre 2019 e 2021.
No País, a DTP é oferecida como “pentavalente”, protegendo também contra hepatite B e contra haemophilus influenza tipo B. Os dados são semelhantes para a vacina contra a pólio, que também conta com três doses. São 1,6 milhão de crianças não receberam nem a primeira dose (VIP1) contra a pólio, entre 2019 e 2021.
Em 2019, o Brasil perdeu certificadode país livre do sarampo. O virus da poliomielite, erradicado em 1989, também ronda o território brasileiro. Um estudo do Comitê Regional de Certificação de Erradicação da Polio 2022, divulgado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), aponta o Brasil como segundo país das Américas com maior risco de volta da paralisia infantil, atrás apenas do Haiti. Um caso recente da doença foi confirmado em Loreto, no Peru.
Estatísticas do Ministério da Saúde mostram que cobertura vacinal para a doença no Brasil ficou em 77,16% no ano passado, enquanto que o índice recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a circulação do vírus é de 95%.
Percepção sobre importância das vacinas
O relatório Situação Mundial da Infância 2023 divulgado pela Unicef mostrou que a percepção sobre a importância e a confiança nas vacinas para crianças diminuiu em 52 dos 55 países pesquisados.
No Brasil, embora os índices continuem altos, houve uma queda de confiança nas vacinas infantis que eram de 99,1%, antes da pandemia, para 88,8%, no pós-covid. Conforme o estudo, a queda de confiança foi mais acentuada entre homens mais velhos, maiores de 65 anos.
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