JOVENS SOLISTAS
Vencedores do Concurso Jovens Solistas são revelados
Nível dos concorrentes foi tão disputado, que houve empate nas colocações e criação de novas premiações
Última atualização: 17/10/2023 16:58
Em uma disputa acirrada e com emoção do início ao fim, os cinco melhores nomes de músicos solistas foram conhecidos na noite de terça-feira (25), durante a final do Concurso Jovens Solistas. Para prestigiar o evento, que integra a programação do Festival Internacional de Música de Novo Hamburgo (FeMusik), o público lotou a Fundação Ernesto Frederico Scheffel, em Hamburgo Velho, onde o concurso foi realizado.
Ao todo, seis candidatos disputaram a final e o nível dos participantes impressionou inclusive os jurados, que não conseguiram elencar apenas um nome para cada colocação e declaram empate no primeiro e no terceiro lugar, não havendo vencedor para o segundo lugar. Vindo do estado de São Paulo, o pianista de apenas 17 anos Matheus Enzo de Faria Oshiro e o violinista mato-grossense Joahan de Souza Lima, de 21 anos, foram os grandes campeões da primeira edição do concurso.
Em terceiro lugar ficaram o violista de Capela de Santana, Bruno Felipe Duarte, de 27 anos, o saxofonista de Minas Gerais, Bruno Jorge de Sousa, de 25 anos, e o violinista do Pará, Davi Souza da Costa, de 26 anos. “Eu posso dizer com orgulho, faço concurso de festivais no mundo inteiro e estou muito orgulhoso do altíssimo nível que tivemos. Estamos fazendo história”, afirmou o maestro, diretor artístico do FeMusik e diretor da banca de jurados do concurso, Linus Lerner.
Para concorrer, os candidatos deveriam ter de 14 a 28 anos. O mais jovem na disputa era Oshiro, que começou a tocar piano por hobby há quase cinco anos, tempo considerado curto para a sua performance. “É super gratificante e eu estou muito feliz, porque geralmente quando as pessoas começam um pouco mais tarde, a tendência é que ninguém coloque muita confiança no que pode vir”, afirma ele.
Diferente do colega de pódio, Lima veio de uma família de violinistas. “É sem palavras e indescritível o sentimento de ter ficado em primeiro lugar”, disse ele com um sorriso largo. Além de ter se consagrado um dos campeões do concurso, ele também foi o ganhador do voto popular, em que o candidato mais aclamado era tido como vencedor.
Desenvolvendo habilidades
Para o diretor geral do festival e diretor artístico da Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo (OSNH), Gustavo Müller, confessou que os seis foram excelentes, cada um em seu instrumento e na constatação dele, quem ganha com isso é também a comunidade hamburguense. “Enquanto em muitos lugares a cultura vai decaindo e perdendo força, aqui temos mais um festival nascendo. E o concurso é muito importante para que esses alunos se desenvolvam porque também é um momento de teste para si mesmo e faz crescer profissionalmente”, avalia.
Visitando os amigos hamburguenses Marcelo Zimmermann, 32, e Denise Zimmermann, 66, o casal do Rio de Janeiro, Íris Evangelista, 41, e Well Carvalho, 42, ficaram encantados pelo o que viram das apresentações. “Eu achei divino, muito inspirador e belíssimo. Muito criativo e generoso para mostrar os talentos de regiões do Brasil”, diz Íris.
Premiação
Cada um dos competidores tinha 10 minutos para apresentar a música proposta ou parte dela, acompanhados por um pianista. Ao todo, 11 jurados do Brasil e do exterior compunham a mesa avaliadora, sendo todos professores do FeMusik. Os critérios de avaliação foram técnica, musicalidade e performance.
Inicialmente, o primeiro colocado receberia como premiação a quantia de R$ 3 mil, o segundo colocado de R$ 2 mil e o terceiro de R$ 1 mil. No entanto, como houve empate e a segunda colocação foi extinta, os campeões Oshiro e Lima dividiram o valor, recebendo R$ 2.500 cada e os terceiros colocados, Duarte, Sousa e Costa, ganharam R$ 1 mil cada. Ainda, por conta de ter sido também o campeão pelo voto popular, Lima foi presenteado com R$ 500.
Entretanto, além da premiação em dinheiro prevista já em editar, Lerner e Müller criaram outros dois prêmios pelo nível de excelência surpreendente dos seis finalistas. Chamado de Prêmio OSNH, a gratificação foi dada ao saxofonista Sousa e a pianista gaúcha Maria Clara Welker, de 19 anos. Eles terão a oportunidade de tocar como solistas junto à OSNH na temporada de 2024, com passagens, hospedagens e cachês inclusos.
O segundo prêmio criado durante o evento foi batizado de Prêmio Linus Lerner e foi dado ao pianista Oshiro. Ele foi convidado para tocar sob a direção artística e regência do Maestro Lerner na Southern Arizona Symphony Orchestra (SASO), dos Estados Unidos, ou na Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (OSRN), também com passagens, hospedagens e cachês inclusos.