Ativista da causa animal, Luisa Mell visitou nesta quarta-feira (29) abrigos de animais em Novo Hamburgo. Luisa participou dos resgates no início da enchente e levou 50 cães para seu instituto no início da tragédia no Rio Grande do Sul.
É a segunda vez que ela vem ao Estado. Dessa vez, Luísa esteve na região com o foco de levar 100 cães para São Paulo, trazer visibilidade para a situação e cobrar políticas públicas em relação aos cães e gatos atingidos pela enchente.
Acompanhada por sua equipe, ela visitou diversos abrigos na cidade para selecionar os cães que serão levados para São Paulo, onde terão uma nova chance de encontrar um lar por meio de uma feira de adoção que será promovida por Luísa.
A jornada da ativista em Novo Hamburgo incluiu paradas no Abrigo do Restaurante Panorâmico da Fenac, Abrigo Fenac, Abrigo Marquês e Abrigo Roselândia. A vinda da ativista foi intermediada pela ONG Amparo Animal.
A situação emergencial dos animais era evidente, com cães amarrados e abrigados em condições improvisadas. Luisa enfatizou a necessidade de apoio das autoridades locais e não apenas dos voluntários.
“Viemos aqui recolher alguns cães, levar para São Paulo, doar, depois vamos voltar e pegar mais, pois as cidades não estão comportando tantos animais. Porém, vim aqui também para cobrar dos prefeitos que isso é um problema de todos, não só dos voluntários. Os prefeitos têm que contratar os veterinários, dar espaço e cuidados”, disse a ativista.
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100 cães a menos nos abrigos
O foco do resgate, nesse primeiro momento, são 100 cães dóceis e saudáveis que possam ser adotados rapidamente. Luiz Scalea, parceiro de longa data de Luisa Mell e protetor de animais há 38 anos, explicou que a prioridade é esvaziar os abrigos.
“Estamos dando prioridade para esses animais que já vão chegar em São Paulo, passar por um atendimento médico veterinário e estarão prontos para doação. Não adianta levar 100 animais com problemas, pois daqui a 20 dias não conseguiríamos retornar para levar mais”, explicou Scalea.
Desafios e logística
A logística para o transporte dos cães envolve desafios significativos. Uma representante da ONG Amparo Animal ressaltou a necessidade urgente de voluntários e doações de caixas de transporte.
“Precisamos de voluntários para fornecer caixas de transporte M para que esses cães possam ser levados. Quem puder ajudar, pode deixar as caixas na Rua Tapes, 505, ou no Abrigo do Restaurante Panorâmico da Fenac”, pediu.
O papel dos voluntários
O trabalho incansável dos voluntários tem sido crucial nessa missão. Luísa destacou a dedicação dessas pessoas, principalmente mulheres, que estão na linha de frente do resgate. “Todo lugar que estamos indo, são as mulheres voluntárias que estão colocando ‘a mão na massa’. As prefeituras precisam ter mais responsabilidade”, declarou a ativista.
Eventos de adoção
Além do resgate, Luisa planeja grandes eventos de adoção para garantir que os cães encontrem novos lares rapidamente. Um desses eventos está programado para o próximo domingo (2) no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, onde cerca de 50 animais já preparados para adoção estarão esperando por uma nova chance.
Apesar dos desafios, Mell e sua equipe estão determinados a continuar o trabalho no Rio Grande do Sul. “Queremos levar 100 cães amanhã e voltar para levar mais. Precisamos tirar esses cachorros daqui, me ajudem adotando”, apelou Mell para seus seguidores.
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