A Prefeitura de Novo Hamburgo deu início aos trabalhos de sondagem dos dois quilômetros do dique do bairro Santo Afonso na terça-feira (1º). Ao todo, serão coletadas informações em seis pontos da estrutura, sendo três na parte baixa, próximo ao valão da Rua Eldorado, e três na crista do dique.
Os locais foram demarcados em setembro e contemplam o início da estrutura, na altura da Rua Vera Cruz, outro junto à Casa de Bombas e um terceiro entre os dois pontos anteriores.
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Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Quem realiza o serviço é a Geoforma Engenharia Ltda, de Joinvile, Santa Catarina, que foi subcontratada pela empresa que venceu a licitação para realização dos estudos, a Analysis Consultoria Geotécnica e Civil Limitada de Porto Alegre.
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Segundo a secretária de Obras Públicas, Serviços Urbanos e Viários, Greyce da Luz, o prazo para conclusão do levantamento técnico é de 45 dias. “A gente vem conversando com a empresa no intuito de agilizar o quanto antes para que se tenha as informações para a tomada de decisão”, informa.
De acordo com ela, assim que todas as informações sobre o terreno forem coletadas, será possível providenciar o laudo sobre as reais condições do dique. O custo do levantamento emergencial é de R$ 311.516,80.
Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Cheia expôs situação da estrutura
Em 4 de maio, o Sinos atingiu 9,73 metros em Novo Hamburgo, a maior marca de todos os tempos, extravasando o dique e comprometendo parte da estrutura próximo à casa de bombas, no lado de São Leopoldo.
Foto: Débora Ertel/GES-Especial
A prefeitura leopoldense fez obras emergenciais usando como acesso ao local o dique no lado de Novo Hamburgo, via Rua Manágua. Essa operação, segundo laudo emitido pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), pode ter comprometido ainda mais a estrutura da contenção no lado hamburguense. A Prefeitura de São Leopoldo não concorda e diz que o tráfego de caminhões não danificou o dique.
A contenção do Rio dos Sinos foi construída a partir de 1974 pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), extinto em 1990 no governo Collor. Agora, o sistema de proteção de cheias será administrado pelo governo federal e estadual, que assinaram um pacto federativo Enquanto isso, o município faz serviços de manutenção.
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Saiba mais
Conforme o engenheiro civil Tiago Militão, da Geoforma, cada sondagem tem duração média de quatro horas. Ele explica que o equipamento é uma ilha de estudo com uma sondagem eletrônica, que mede resistência de ponta, resistência lateral e por pressão, em função do nível d’água.
“Nesse momento, a gente está fazendo um ensaio de dissipação. Ele está medindo o tempo de estabilização do solo e isso vai me dar valores de permeabilidade e depois coeficiente para deformações”, diz.
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Segundo o engenheiro, os dados serão avaliados por comissão técnica para apontar as condições do dique, de modo indicar as diretrizes para as próximas ações. Ou seja, apontar quais obras deverão ser feitas para garantir a segurança da estrutura.
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