Em Novo Hamburgo, dois pontos estão recebendo aviões e helicópteros, que trazem suplementos e resgate para o Rio Grande do Sul: o Aeroclube de Novo Hamburgo e o Campus I da Universidade Feevale.
Alceu Mário Feijó Filho, presidente do Aeroclube de Novo Hamburgo, relata a mobilização sem precedentes, mencionando a chegada de 20 toneladas de suprimentos: “Aviões de todas as partes do Brasil estão trazendo ajuda. Só hoje, vieram quatro aviões de São Paulo. A ansiedade da população em ajudar é palpável, mostrando como o transporte aéreo se tornou vital em meio às dificuldades de locomoção por terra”, disse ele.
A pista de grama do aeroclube, foi um desafio após as chuvas. Feijó lamenta: “Se nossa pista fosse asfaltada, aviões de grande porte poderiam trazer toneladas de ajuda de uma só vez. Mas estamos recebendo apoio aos poucos”.
Alceu também ressalta que cerca de 90% dos aviões envolvidos nas operações de ajuda em Novo Hamburgo são de propriedade de empresários. Ele destaca esse dado como um reflexo do engajamento do setor privado na resposta à crise, evidenciando o papel crucial das empresas e empresários no apoio às comunidades afetadas.
Solidariedade não conhece fronteiras
Na tarde desta terça-feira (07), enquanto a reportagem estava no aeroclube de Novo Hamburgo, uma ambulância chegou com uma criança de Igrejinha, de apenas sete meses.
A enfermeira Daisi Dall Agnese, que participou do atendimento, é testemunha da necessidade e importância do resgate aéreo: “Essa criança está diagnosticada com bronquiolite, precisa de uma UTI. Com as opções locais esgotadas, ela precisa ser transferida para o Hospital de Santa Rosa. O trabalho aéreo dos bombeiros é essencial nessas situações críticas”.
Os pilotos estavam aguardando estabilidade, do quadro médico da criança, que era grave, para poder decolar o avião.
O Hospital de Santa Rosa, informa que a criança foi recebida em segurança nesta terça-feira (07). O quadro dela está estável e ela segue em observação.
Mão estendida de outros Estados
O coronel Tadeu Sanchez Pinheiro, coordenador das operações aéreas de Rondônia no RS, destaca a escala impressionante das operações, mencionando que o Corpo de Bombeiros de Rondônia e a Defesa Civil enviaram 23 pessoas para a região, incluindo médicos, tripulantes operacionais e pilotos.
Ele também explica que outros 20 militares estão apoiando operações terrestres e aquáticas, com uma equipe terrestre programada para chegar no dia seguinte. Pinheiro ressalta que a aeronave já está em operação desde o dia anterior, oferecendo transporte aeromédico de Novo Hamburgo para Santa Rosa, entre outras missões urgentes.
“Nossa aeronave já está em operação desde ontem, oferecendo transporte aeromédico de Novo Hamburgo para Santa Rosa, além de outras missões urgentes. A disposição imediata dessa aeronave equipada com UTI neonatal”, disse ele.
Para Rosineide Medrado de Macedo Barbosa, piloto do comando dos Bombeiros de Rondônia, cada missão é uma oportunidade de servir: “Somos os braços de Deus, colocados onde é necessário. Mesmo arriscando nossas vidas, estamos aqui para salvar”.
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