Uma semana depois de apresentar pesquisa apontando que 77% dos lojistas entrevistados consideram que o sistema de estacionamento rotativo digital diminuiu o movimento na área central de Novo Hamburgo e que 69% consideram o aplicativo do sistema difícil de usar, o Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) soltou nota nesta quarta-feira (8) manifestando apoio ao serviço. No texto a entidade diz que defende ajustes no modelo, algo que já está em discussão na cidade.
A nota diz que o Sindilojas “vem a público manifestar seu apoio ao rotativo digital” e que o novo sistema de estacionamento rotativo “propicia a democratização das vagas para os veículos nas áreas mais movimentadas e concorridas, garantindo que os consumidores consigam realizar compras e usufruir de serviços desembolsando valores baixos”. A entidade ainda ressalta que “quem ainda não tem acesso à tecnologia (aplicativo) tampouco ficou sem opção: esses usuários podem comprar créditos direto com monitores ou estabelecimentos conveniados”.
Como exemplo de ajustes que precisam ser feitos no sistema, o Sindilojas cita “o aumento do número de monitores para venda de créditos e orientação aos usuários”. “Além disso, acreditamos ser justo o incremento dos pontos de venda e das informações sobre o aplicativo utilizado”. O texto encerra dizendo que “o rotativo digital é benéfico para o comércio e para a cidade como um todo, pois garante o revezamento das vagas”.
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Ajustes estão em discussão
O novo sistema começou a operar no dia 16 de dezembro na área central de Novo Hamburgo. É dividido em duas zonas, a azul e a verde. As reclamações de usuários e lojistas começaram logo em seguida, mas tomaram corpo na segunda quinzena de janeiro. Os pontos mais criticados são o aplicativo, que segundo usuários apresenta muitas falhas, e o tempo de tolerância de dez minutos até que haja a cobrança. A falta de informações e o número reduzido de agentes também são motivo de reclamações.
Para tentar resolver o problema, o governo de Novo Hamburgo mudou o comando da Companhia Municipal de Urbanismo (Comur), autarquia responsável pelo estacionamento rotativo digital. O empresário Paulo Kopschina, ligado ao MDB, assumiu como diretor-geral interino da Comur, dando início a um conjunto de ações para melhorar o serviço. Desde o último dia 27 ele já aumentou o número de fiscais nas ruas e de lojas conveniadas.
Nesta segunda-feira (6) Paulo Kopschina participou da sessão da Câmara de Vereadores para debater a polêmica do rotativo digital. Vários vereadores haviam assinado requerimento para que o diretor da Comur fosse dar explicações no Legislativo. Kopschina adiantou aos vereadores que negocia com a Prefeitura a suspensão, por 30 dias, da tarifa de pós-utilização (TPU), que é quando o motorista sai da vaga sem pagar o estacionamento. A taxa é de 12 reais para a área verde e 24 reais para a área azul. Outra proposta é transformar em cashback 50% do valor da TPU pelo prazo de seis meses.
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