Como liderar e gerar conexão em um time composto por profissionais de diferentes gerações? Foi tentando responder a essas perguntas que a segunda edição do Simpósio de RH Unimed reuniu mais de 800 pessoas na tarde de ontem (18) no Teatro Feevale, em Novo Hamburgo.
Capitaneado pelo Grupo Sinos e Unimed Vale do Sinos, o encontro lançou luzes e traçou caminhos para a sinergia entre as gerações. No painel de abertura, comandado pelo superintendente de Mercado da Unimed VS, Ronaldo Liota, o executivo abordou a evolução das gerações e seus desafios.
Na mesma linha, o médico e coordenador do serviço de Medicina e Segurança no Trabalho na Unimed VS, Ricardo Rocha Schirmer, debateu sobre o adoecimento das gerações. “Se nós do RH não formos especialistas e preocupados com as pessoas, quem será preocupado dentro da empresa?”, provoca.
Na visão da psicóloga organizacional e do trabalho na Unimed VS, Dóris Luft, existe uma coisa em comum entre as gerações: as potencialidades. “O líder precisa fazer uma gestão comportamental da sua equipe e a base deve ser a segurança psicológica”, orienta. Para Dóris, a comunicação deve, sim, ser afetiva e não apenas efetiva. E sobre as novas gerações, ela é direta: “temos que tratá-las bem para que elas queiram ficar conosco”.
Por que não eu?
Terapeuta, escritor e palestrantes, Gabriel Carneiro fez uma palestra envolvente sobre escolhas, processos e propósito. Em uma hora, ele provocou risos e reflexões sobre o subir de nível e as exigências e renuncias que a mudança exige. “Nem tudo você vai amar. Tem coisas que só precisam ser feitas. Primeiro se planta, depois se rega. Por último, se colhe. A mudança é um processo e não um episódio”, lembra.
Vivemos duas eras simultâneas
Com direito a muitos recursos visuais e até uma parte da palestra em silêncio, Dado Schneider provocou risos e fez pensar sobre a dicotomia entre as gerações. “Se antes o mundo mudou na nossa vez, agora é o futuro que mudou bem na nossa vez”, provoca. Para ele, o futuro não é mais dos jovens, mas de quem lidar melhor com o que vier, principalmente em relação a inteligência artificial. “O que não podemos é demonizar ninguém, nenhuma geração”, alerta.
Estágio e formação profissional
Além do painel de abertura e das palestras magnas de Gabriel Carneiro e Dado Schneider, a segunda edição do Simpósio de RH contou a participação da diretora da Estagiar, Luísa Fischer Veloso, que falou sobre a relevância do estágio na carreira. “Antigamente, o poder de escolha estava na empresa. Agora, é bilateral. Hoje, ser uma grande empresa e ter uma marca bacana não é o suficiente para conquistar este jovem. Muito menos manter ele na empresa”, salienta.
Há dez anos na Estagiar, Luísa defende a metodologia do estágio nesse ingresso da geração Z no mercado. “Os jovens são nativos digitais, mas imigrantes corporativos”, pontua.
Quem também compartilhou a importância da formação de jovens foi Cléber Sesterheim, controller da Rech Informática, que contou sobre o projeto Talentos Desenvolvedores da Rech. Projeto, inclusive, que está com inscrições abertas.
O evento teve o patrocínio máster da Unimed VS; e patrocínio da Sicredi Pioneira, VR Benefícios e Rech Informática; e apoio da Estagiar, Vip Desenvolvimento Humano, CIEE Novo Hamburgo e Auto Sport. O encontro contou ainda com apoio institucional do Sindilojas NH, CDL NH e ACI NH/CB/EV/DI.
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