Saiba quem era Marcelo Ritter Brazil: "Raros momentos em que não estava com um sorrisão", recorda amigo

Amigos e familiares de Marcelo Ritter Brazil ainda tentam assimilar a morte do jovem de 24 anos. O morador de Novo Hamburgo faleceu na tarde de terça-feira (25), horas após dar entrada no Hospital Unimed da cidade. A causa ainda é investigada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), que descartou a hipótese de meningite confirmada inicialmente pela casa de saúde.

Marcelinho, como era chamado, era o filho mais velho de Marines Ritter e Marcelo Brazil. Ele também deixa a irmã caçula, Fernanda, de 21 anos. O jovem é lembrado como uma pessoa alegre, ligada a família e dinâmica. "Raros momentos em que não estava com um sorrisão", recorda o gestor de logística Thiago Tittoni, 25, que era amigo de Marcelo.

"Eu comecei a jogar [futebol] junto com ele em 2021, no Primavera, onde ele era goleiro e seu pai treinador", conta Tittoni. O último encontro entre os dois foi no sábado passado (22), quando a equipe jogou um amistoso contra o AABB, no SERC Cometa, campo no qual mandam os jogos, em Portão.

"Ele estava lá, todo alegre, ainda me pediu ajuda para colocar as luvas, jogou... Nunca imaginei que seria a última vez", descreve o amigo. O clube de que Marcelinho fazia parte venceu a partida por 4 a 2.

Apesar de ser o goleiro do time, quando precisava, o jovem também ajudava jogando na linha. Além disso, era visto como um grande torcedor, que vibrava pelos amigos. "Intenso, gritava, dava seu máximo sempre. Quando não estava em campo, estava na arquibancada ou no lado do campo, incentivando, e também cobrando para que a gente saísse com a vitória", conta Tittoni.

O amigo ainda destaca a proximidade que o jovem tinha com o pai. "Demonstravam sempre ser melhores amigos. Os dois tinham uma relação linda." A família e a namorada de Marcelinho eram presentes nos jogos e nas confraternizações do time.

"O amor da vida dele era o Grêmio"

Amante de futebol, Marcelinho era torcedor do Grêmio. No último sábado, havia estado na Arena, estádio que costumava frequentar. "O amor da vida dele era o Grêmio", destaca Bruna Ritter, prima do jovem, acrescentando que o primo deixa boas recordações. "Um rapaz sempre alegre, de bem com a vida. Infelizmente, papai do céu levou ele para morar com ele."

Nas redes sociais, a namorada, Brenda, publicou uma mensagem na terça-feira: "Ele é o amor da minha vida, e eu fui o amor da vida dele". Na publicação, o casal aparece vestindo a camisa celeste do Grêmio na Arena.

Os próximos jogos e o baile previsto para agosto foram cancelados. "O evento era para arrecadação de recursos e por ser tradição do clube", explica. "Após a notícia, poucas palavras foram ditas em nosso grupo", finaliza o amigo de time.

Despedida

O corpo do jovem começou a ser velado nesta quarta-feira, no Cemitério Jardim da Memória, em Novo Hamburgo. O sepultamento está previsto para a tarde da quinta-feira (27), no mesmo local. A cerimônia foi prolongada para que a irmã Fernanda, que estava em Portugal e retorna para o Brasil, possa se despedir de Marcelinho.