DIFICULDADE
Resistência de moradores em receber agentes da Comusa atrasa obras de tratamento de esgoto
Serviço busca conectar as redes domiciliares de esgoto com a rede da estação de tratamento do bairro
Última atualização: 26/03/2024 21:55
Servidores da Comusa - Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo estão enfrentando dificuldades na coleta de autorizações para prosseguimento das obras no bairro Roselândia devido à desconfiança e falta de informações de moradores, que chegam a recusar o recebimento dos profissionais nos domicílios. A Atitude que vem trazendo morosidade no serviço consiste na retirada das tampas dos esgotos domésticos para ligá-los à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Roselândia.
No momento, a ETE atua com 10% da sua capacidade. Para que atinja a sua capacidade total, é necessário que as 1.151 residências do bairro passem pelo processo. “Todas as casas que estão ligadas à rede têm uma tampa que tem precisa ser retirada. Por isso é fundamental a conscientização dos moradores em autorizar o procedimento onde a empresa contratada vai entrar, casa por casa, destamponando, para o esgoto comece a ir para a ETE e receba o tratamento adequado”, explica o encarregado da equipe socioambiental da Comusa, Gilnei Mello. Ele frisa ainda que “esse procedimento é necessário para que todos tenham tratamento de esgoto em sua localidade”.
Desde o final de abril, quando os trabalhos nas casas começaram, dos 950 imóveis visitados em 350 nenhum morador atendeu aos agentes, que estão identificados com uniformes e crachás da Comusa. Já entre a população ouvida até o momento, uma boa parcela se recusaram a autorizar a execução do trabalho que é feito posteriormente, com agendamento de até três dias de antecedência pela empresa terceirizada, D.D. Vargas Terraplanagem.
Estratégia
A estratégia, diante às recusas tem sido fazer as visitas em horários diferentes e até mesmo aos sábados. “De manhã, percebemos que mais pessoas não estão em casa ou não querem responder porque estão ocupadas com tarefas domésticas. À tarde, temos mais sucesso, mas, mesmo assim, não é muito fácil”, comenta a agente de campo, Maiara Gomes.
A profissional afirma que mesmo portando camiseta e crachá com a identidade visual da Comusa, outros transtornos são causados pela falta de informação das pessoas em relação as obras. “Uma morada chegou a pedir meu número de registro, mesmo eu me identificando, mostrando que o veículo da autarquia estava circulando pela rua. Em outros casos, o pessoal não tem interesse em responder, falam conosco num tom de voz grosseiro e até nos xingam”, revela.
Agente de Relacionamento com o Cliente da Comusa, Monique Campagnoni, se diz preocupada com possíveis hostilidades, mas reforça que é preciso demover esse estranhamento das pessoas, já que as informações obtidas no processo de autorização são totalmente sigilosas. “Os moradores ficam desconfiados quando solicitamos informações como número de telefone e CPF, temendo que sejam utilizados para algum tipo de golpe, o que podemos garantir é que os dados são confidenciais e o sigilo é garantido”, afirma.
Por outro lado, alguns moradores afirmam que a visita domiciliar antes da execução das obras nas residências traz uma sensação de segurança. “Hoje em dia, com tanto golpe é complicado a gente sair dando número de documento. Mas conversando com eles me senti mais segura em autorizar o trabalho, até porque vamos abrir a porta da nossa casa, né? precisamos saber quem vai entrar”, argumenta a dona de casa Fátima Quevedo, moradora da Roselândia há 21 anos
Sentimento compartilhado com outros moradores, como Jair Marques. Morador do bairro há 23 anos afirmou se sentir mais seguro com a visita prévia dos agentes. “Assim a gente já sabe o que eles vão fazer e como será feito. Fiquei mais tranquilo”.
O que será feito
A obra vai liberar o fluxo de esgoto das residências diretamente para a rede da Comusa, interceptando a tubulação que leva o esgoto da residência até a fossa séptica e interligando na caixa já instalada nas calçadas. Conforme a autarquia, a alteração basicamente consiste em coletar as águas dos aparelhos sanitários (pias e ralos, por exemplo) e direciona a uma tubulação que então destinará este fluxo até a caixa de calçada da rede coletora pública que posteriormente será destinada à ETE.
Servidores da Comusa - Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo estão enfrentando dificuldades na coleta de autorizações para prosseguimento das obras no bairro Roselândia devido à desconfiança e falta de informações de moradores, que chegam a recusar o recebimento dos profissionais nos domicílios. A Atitude que vem trazendo morosidade no serviço consiste na retirada das tampas dos esgotos domésticos para ligá-los à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Roselândia.
No momento, a ETE atua com 10% da sua capacidade. Para que atinja a sua capacidade total, é necessário que as 1.151 residências do bairro passem pelo processo. “Todas as casas que estão ligadas à rede têm uma tampa que tem precisa ser retirada. Por isso é fundamental a conscientização dos moradores em autorizar o procedimento onde a empresa contratada vai entrar, casa por casa, destamponando, para o esgoto comece a ir para a ETE e receba o tratamento adequado”, explica o encarregado da equipe socioambiental da Comusa, Gilnei Mello. Ele frisa ainda que “esse procedimento é necessário para que todos tenham tratamento de esgoto em sua localidade”.
Desde o final de abril, quando os trabalhos nas casas começaram, dos 950 imóveis visitados em 350 nenhum morador atendeu aos agentes, que estão identificados com uniformes e crachás da Comusa. Já entre a população ouvida até o momento, uma boa parcela se recusaram a autorizar a execução do trabalho que é feito posteriormente, com agendamento de até três dias de antecedência pela empresa terceirizada, D.D. Vargas Terraplanagem.
Estratégia
A estratégia, diante às recusas tem sido fazer as visitas em horários diferentes e até mesmo aos sábados. “De manhã, percebemos que mais pessoas não estão em casa ou não querem responder porque estão ocupadas com tarefas domésticas. À tarde, temos mais sucesso, mas, mesmo assim, não é muito fácil”, comenta a agente de campo, Maiara Gomes.
A profissional afirma que mesmo portando camiseta e crachá com a identidade visual da Comusa, outros transtornos são causados pela falta de informação das pessoas em relação as obras. “Uma morada chegou a pedir meu número de registro, mesmo eu me identificando, mostrando que o veículo da autarquia estava circulando pela rua. Em outros casos, o pessoal não tem interesse em responder, falam conosco num tom de voz grosseiro e até nos xingam”, revela.
Agente de Relacionamento com o Cliente da Comusa, Monique Campagnoni, se diz preocupada com possíveis hostilidades, mas reforça que é preciso demover esse estranhamento das pessoas, já que as informações obtidas no processo de autorização são totalmente sigilosas. “Os moradores ficam desconfiados quando solicitamos informações como número de telefone e CPF, temendo que sejam utilizados para algum tipo de golpe, o que podemos garantir é que os dados são confidenciais e o sigilo é garantido”, afirma.
Por outro lado, alguns moradores afirmam que a visita domiciliar antes da execução das obras nas residências traz uma sensação de segurança. “Hoje em dia, com tanto golpe é complicado a gente sair dando número de documento. Mas conversando com eles me senti mais segura em autorizar o trabalho, até porque vamos abrir a porta da nossa casa, né? precisamos saber quem vai entrar”, argumenta a dona de casa Fátima Quevedo, moradora da Roselândia há 21 anos
Sentimento compartilhado com outros moradores, como Jair Marques. Morador do bairro há 23 anos afirmou se sentir mais seguro com a visita prévia dos agentes. “Assim a gente já sabe o que eles vão fazer e como será feito. Fiquei mais tranquilo”.
O que será feito
A obra vai liberar o fluxo de esgoto das residências diretamente para a rede da Comusa, interceptando a tubulação que leva o esgoto da residência até a fossa séptica e interligando na caixa já instalada nas calçadas. Conforme a autarquia, a alteração basicamente consiste em coletar as águas dos aparelhos sanitários (pias e ralos, por exemplo) e direciona a uma tubulação que então destinará este fluxo até a caixa de calçada da rede coletora pública que posteriormente será destinada à ETE.
No momento, a ETE atua com 10% da sua capacidade. Para que atinja a sua capacidade total, é necessário que as 1.151 residências do bairro passem pelo processo. “Todas as casas que estão ligadas à rede têm uma tampa que tem precisa ser retirada. Por isso é fundamental a conscientização dos moradores em autorizar o procedimento onde a empresa contratada vai entrar, casa por casa, destamponando, para o esgoto comece a ir para a ETE e receba o tratamento adequado”, explica o encarregado da equipe socioambiental da Comusa, Gilnei Mello. Ele frisa ainda que “esse procedimento é necessário para que todos tenham tratamento de esgoto em sua localidade”.