SEU BOLSO
"Reajuste excessivo", diz Comusa sobre revisão tarifária de 25,5% na tarifa de água em Novo Hamburgo
Diretor-geral da autarquia e vice-prefeito, Márcio Lüders defende reajuste de 8,5% e faz apelo ao futuro governo
Última atualização: 30/12/2024 10:36
A direção da Comusa, autarquia que responde pelos serviços de água e esgoto em Novo Hamburgo, emitiu nota nesta segunda-feira (30) sobre o reajuste das tarifas aprovado pela Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento do Rio Grande do Sul (Agesan).
O índice definido pela Agesan a título de revisão tarifária ficou em 25,52%, valendo a partir de 1º de fevereiro de 2025. Diferente do reajuste anual, que é a reposição da inflação, a revisão tarifária é realizada a cada cinco anos.
Segundo Demétrius Jung Gonzales, diretor-geral da Agesan, "na revisão tarifária fazemos todo um estudo novamente, avaliando todos os gastos da operação nos últimos anos e os investimentos necessários para atingir o Marco Legal do Saneamento em 2033".
E é aí que entra a divergência entre Comusa e agência reguladora. Na nota desta segunda-feira, a Comusa diz que a decisão da Agesan "vai contra o entendimento da atual direção da autarquia e de seu Conselho Deliberativo, que defende índice de 8,5%".
A nota diz que, para o diretor-geral da Comusa e vice-prefeito, Márcio Lüders, a agência entende por considerar o pagamento de precatórios junto à Corsan pela autarquia, o que exige um reajuste maior na tarifa.
"A decisão do pagamento de precatórios é política e não técnica, cabendo ao próximo governo municipal. Não podemos incluir esse acréscimo na tarifa da comunidade. O critério de reajuste de tarifa tem que ser objetivo, não podendo ser fundado em subjetividades", diz a nota oficial da Comusa.
"A análise realizada pela própria Agesan concluiu que 8,55% é suficiente para abarcar todos os investimentos pelos próximos cinco anos e obrigar a autarquia a aplicar um percentual maior desrespeito ao usuário", acrescenta o texto.
O diretor-geral explica na nota que "a nova tarifa entra em vigor a partir de fevereiro de 2025 e a decisão pela manutenção do índice é da nova gestão. Na minha visão, esse reajuste é excessivo. Nosso pedido aos novos gestores da autarquia e ao prefeito eleito, é que não o apliquem entendimento diverso irá sobrecarregar a população e irá aumentar a inadimplência".