Reação em Cadeia e Alceu Valença encantaram o público na Virada Cultural de Novo Hamburgo

A 3ª edição da Virada Cultural, que este ano teve como tema central “Novo Hamburgo em Movimento”, foi realizada neste final de semana, dias 4 e 5 de novembro, na Praça do Imigrante. Durante 36 horas, incluindo a madrugada, a arte e a cultura predominaram em apresentações de dança, teatro, oficinas, cinema, literatura e muita música. Como destaques, os shows de Reação em Cadeia e Alceu Valença, que lotaram a praça cada um em sua respectiva noite.

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O secretário de cultura, Ralfe Cardoso, comentou que foram momentos que marcaram a história da cidade, “construindo um caminho irreversível para quem trabalha com Cultura e para construção de um novo futuro". “O imaginário e a memória de quem experimentou os shows que tivemos nessa Virada será mobilizador, ainda mais potente, para manter Novo Hamburgo em movimento.”, finalizou.

Volta pra casa

Na noite de sábado (4), a Reação em Cadeia, banda do vocalista hamburguense Jonathan Dörr, subiu ao palco pouco depois das 21 horas para quase duas horas de um excelente show de rock. A banda simplesmente entregou tudo o que se esperava. Todos os clássicos, toda a energia de uma banda que está de volta após quase sete anos, e muita emoção por parte do vocalista, que relembrou o início da carreira e a vida em Novo Hamburgo.

Com muita energia, Jonathan interagiu com o público, contou história e mostrou toda a sua potência vocal, além de também assumir o violão e a guitarra em grande parte do show. Nestes momentos, em que a Reação em Cadeia passava a tocar com três guitarristas, era possível notar a força do grupo e a receptividade do público, que cantou a plenos pulmões durante todo o show.

Para o morador de Nova Petrópolis, Gian Wagner Baum, de 29 anos, o show foi um momento excelente para reencontrar amigos, cantar clássicos e poder ver a banda pela primeira vez. “O show estava muito bom, público animado, cantando junto. A Reação foi uma das primeiras bandas que comecei a ouvir na adolescência.”, destacou.

Nas redes sociais, Jonathan reforçou o que disse no palco. Segundo ele, foi o melhor show da banda, que surgiu em 1999, em sua casa. “A cidade onde eu nasci e cuja qual tenho o maior orgulho de ser filho. Eu lavei a minha alma ao ver que, mesmo depois de tanto tempo (21 anos depois de “Me Odeie” atingir as rádios e tornar a REC um fenômeno), as pessoas ainda se emocionam e cantam as músicas com a mesma propriedade e intensidade de quando ouviram pela primeira vez.”, escreveu.

REComeço

Jonathan também relembrou que um ano antes, na Virada Cultural de 2022, ele participou do show de Vitor Kley, cantor que viveu em Novo Hamburgo quando criança. Na ocasião, iniciou as conversas com o irmão e empresário de Vitor, Bruno Kley, para dar início à volta da Reação. ”Foi em Novo Hamburgo que tudo começou e REComeçou.”.

Alceu Valença encantou com a MPB

Para encerrar a Virada Cultural 2023, a música nordestina e, principalmente, Música Popular Brasileira (MPB), foi muito bem representada por Alceu Valença na noite de domingo (6). Aos 77 anos, o pernambucano mostrou muita vitalidade e interação com o público em todas as músicas. Desfilando clássicos de seus mais de 50 anos de carreira, o músico também lotou a Praça do Imigrante com uma plateia de todas as idades, mostrando que a MPB, o forró, o rock e o frevo, ou seja, a sua música, também faz parte das playlists das novas gerações.

O casal de Novo Hamburgo Bruna Luiza Buhl, 28, e Felipe Nunes, 29, chegou cedo para o show, mas antes conferiram a apresentação da Escola de Samba Protegidos da Princesa Isabel no calçadão. Bruna afirma que, diferentemente do show da Reação, que tinha diversidade mas é focado para um público específico, o MPB do Alceu Valença alcança tanto o idoso quanto a criança. “Foi um calor humano. Pessoas dançando, cantando, Alceu deu um baita show não só com o setlist perfeito com novas e clássicas músicas, como também uma presença de palco que encantou e envolveu todos.”, comentou.

Além da interação do artista com o público, Bruna também destacou a Virada Cultural em si: “o mais bonito foi ver aquela praça cinza, cheia de diversidade, colorida por música e sorrisos, deixando de lado qualquer coisa desagradável que possamos sentir, que só a música, a cultura e a arte podem proporcionar. Isso é saúde mental, pois vi muitas pessoas debilitadas, alegres, felizes, arriscando os passinhos, esquecendo das dores da vida.”, finalizou.

Alceu Valença também usou as redes sociais para mostrar sua participação na Virada Cultural. O artista compartilhou um trecho de “Pagode Russo”, onde a plateia reagia ao som entusiasmado de palmas e gritos.