NOVO HAMBURGO
"Queremos as bombas": Moradores do Santo Afonso pedem solução urgente para retirada de água do bairro
Vítimas da enchente em Novo Hamburgo fazem protesto pacífico na manhã deste sábado (18); veja vídeo
Última atualização: 18/05/2024 21:17
Um grupo de moradores de Novo Hamburgo se reuniu em protesto por ações que acelerem a retirada da água das ruas do bairro Santo Afonso na manhã deste sábado (18).
A ação começou por volta das 8 horas no trecho da rótula da Rua Alvear com a Avenida Pedro Adams Filho.
Nesta manhã, a Prefeitura de Novo Hamburgo informou que alugou uma bomba flutuante, que precisará de um gerador potente para funcionar.Entretanto, a data de chegada da bomba e de instalação não foram informadas até a última atualização desta reportagem.
Ela "será instalada tão logo o Município encontre uma alternativa de instalação do potente e pesado gerador próximo à Casa de Bombas sem agredir o já comprometido dique, o que aumentaria ainda mais o risco de colapso".
Os manifestantes explicam que estão há pelo menos 16 dias com as "casas apodrecendo e entoavam a frase: "Queremos as bombas", em referência às bombas flutuantes que estão sendo usadas em cidades vizinhas para drenar os alagamentos.
O grupo ressalta que precisa de uma "solução urgente", destacando a falta de perspectiva de quando poderão voltar para suas casas: "Prefeita... Abrigo não é lar", dizia um dos cartazes na mão de uma das vítimas da enchente.
Entre os manifestantes, o mestre de obras Joel da Silva, de 32 anos, morador da Rua Santa Ana, esclarece que o protesto é pacífico e questiona a falta de ações para retirar a água do bairro. "Por que os prefeitos das nossas cidades em volta aqui, São Leopoldo, Canoas, eles conseguem as bombas flutuantes e conseguem puxar água de dentro dos bairros para o rio, e por que a nossa prefeita não consegue uma bomba emprestada se estão oferecendo bombas flutuantes para puxar as águas de dentro do bairro?"
"Ela não botou um pé aqui dentro do nosso bairro, ela não sai de dentro de uma sala de reunião, ela não dá uma explicação concreta para o povo, entendeu?"
No protesto, a doméstica Zenaide Prestes da Costa, 52, conta que também ainda está com água em sua casa. "Queremos voltar para casa. Para poder trabalhar. Que a prefeita tome uma atitude. Que ela faça alguma coisa por nós, que ela coloque as bombas, faça alguma coisa pelo dique, queremos ajuda disso, não queremos ficar dependendo de ninguém".