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Pesquisa inédita

Qual a média de crianças órfãs nos últimos 4 anos em Novo Hamburgo

No Brasil, o número de crianças que perderam pai ou mãe chega a mais de 43 mil crianças e adolescentes de até 17 anos

Débora Ertel
Publicado em: 02/12/2024 às 08h:56 Última atualização: 02/12/2024 às 08h:59
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A cada ano, em média, 34 crianças e adolescentes de Novo Hamburgo perdem o pai ou a mãe. É isso que constatou um levantamento inédito realizado pelos Cartórios de Registro Civil. Os dados mostram ainda que, em 2021, a Covid-19 foi responsável por ao menos um terço da orfandade no município, correspondendo a 20 crianças que perderam seus pais por conta da doença em um total de 49 órfãos.


Levantamento inédito mostra quantas crianças perderam pai ou mãe em Novo Hambrugo nos últimos 4 anos | abc+



Levantamento inédito mostra quantas crianças perderam pai ou mãe em Novo Hambrugo nos últimos 4 anos

Foto: Inézio Machado/GES/Inezio Machado/GES


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Números no País

No País, o número de órfãos chega a mais de 43 mil crianças e adolescentes de até 17 anos, sendo que, em 2021, o coronavírus foi o responsável pela morte do pai ou da mãe de 10.571 menores, em um total de mais de 41 mil. Naquele ano, 412.880 perderam a vida por causa da doença no território nacional.

Na pesquisa, realizada entre 2021 e 2024, foi possível realizar o cruzamento dos dados dos CPFs dos pais existentes nos registros de óbitos com o registro de nascimento de seus filhos. Isso permitiu apurar com exatidão o número de órfãos no Brasil ano a ano.

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Dados de Novo Hamburgo

Sobre os dados de Novo Hamburgo, em 2022, perderam ao menos um dos pais 32 crianças e, em 2023, registraram-se 35 órfãos na cidade. Até outubro deste ano, o número já totaliza 23.

Até a metade de 2019, não havia a obrigatoriedade de inclusão do CPF dos pais no registro de nascimento, o que inviabilizava fazer um cruzamento de dados entre os registros, número que ficou consolidado a partir de 2021. Os dados referentes aos números do território gaúcho devem ser divulgados nesta segunda-feira (2).

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Na avaliação presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Rio Grande do Sul (Arpen/RS), Sidnei Hofer Birmann, o levantamento apresenta uma reflexão importante sobre o impacto social da orfandade. “Podemos evidenciar a necessidade de atenção e políticas públicas voltadas ao amparo dessas crianças”, destaca.

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Órfãos da Covid-19

Desde 2019, 13.808 crianças ficaram órfãos de pelo menos um de seus pais no Brasil por causa da Covid-19. Se forem consideradas doenças correlacionadas ao coronavírus no período, como síndrome respiratória aguda grave (744), insuficiência respiratória (7.929); e causas indeterminadas (1.131), o número pode chegar a 23,6 mil crianças brasileiras órfãos por causa de doenças relacionadas ao vírus.

Ainda segundo o estudo, ao menos 188 crianças perderam os dois pais em razão da doença causada pelo novo coronavírus, número que pode ser ampliado a 340, se forem considerados óbitos de doenças, à época, relacionadas com a Covid-19. 

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