LITORAL

Pulseiras dos Bombeiros ajudam a identificar crianças perdidas nas praias gaúchas

Um acessório simples se tornou um elo vital entre famílias e salva-vidas no agito das praias durante o final do ano

giordanna.vallejos@gruposinos.com.br

Publicado em: 02/01/2024 às 17h:52 Última atualização: 02/01/2024 às 17h:53

Em meio ao calor do verão gaúcho, as praias do Rio Grande do Sul tornam-se o refúgio de famílias em busca de momentos relaxantes à beira-mar. Por trás desse cenário, há um projeto simples, porém transformador, que tem sido a peça-chave na segurança dos veranistas: as pulseirinhas oferecidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS).

Ana Laura Simonini Oliveira recebendo uma pulseira de identificação na praia de Torres | abc+ — Ana Laura Simonini Oliveira recebendo uma pulseira de identificação na praia de Torres

Foto: Arquivo pessoal

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Em uma entrevista exclusiva, a Capitã Betina Martins, coordenadora da Comunicação Social do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), revela que a tradição de oferecer pulseirinhas aos veranistas remonta à primeira Operação Verão como instituição independente. No entanto, ressalta que o serviço já existia em anos anteriores.

Proteção para todas as idades

Betina destaca a acessibilidade do serviço, disponível em todas as guaritas do Estado. “Basta pedir ao guarda-vidas, e nele, será registrado o nome da criança, do responsável e o número da guarita onde a família se encontra. É importante que se faça o uso da pulseirinha tanto em crianças, quanto em adultos e idosos com limitação intelectual”, explica.

Resultados promissores

Desde o início da Operação Verão do CBMRS, em 15 de dezembro de 2023, foram encontradas 222 pessoas no litoral e balneários, representando uma significativa redução em relação à última temporada, que contabilizou 392 registros. A Capitã atribui esse sucesso às ações preventivas implementadas.

Prevenção que funciona

Nicoli Ferreira Simonini, uma mãe de 26 anos de São Leopoldo, compartilha sua experiência na praia de Torres. “Usamos as pulseiras logo pela manhã. Um bombeiro gentil perguntou se queríamos colocar nas crianças, pediu nome completo, do responsável e um número de contato. Autorizamos na importância dessas pulseiras, pois seria o único meio de comunicação da minha filha de três anos, que não sabe se comunicar”, disse ela.

Ela também destaca a qualidade da pulseira oferecida. “A pulseira foi resistente, mesmo com a minha filha entrando e saindo do mar, fazendo castelinho na areia, sem borrar a escrita. Ficamos tranquilos com essa medida de segurança”.

No litoral gaúcho, as pulseirinhas do CBMRS não são apenas acessórios coloridos, são elo vital na busca pela segurança nas praias. Uma tecnologia simples, mas eficaz, que une as famílias e os salva-vidas.