Apesar das imagens do crime e de informações sobre um suspeito, a Polícia ainda não tem provas que liguem o investigado ao assassinato da comerciante Priscila Diniz, 34 anos, no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, no fim de semana. Agentes percorrem a cidade atrás de outras imagens e pistas em meio a um clima de consternação na região.
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Como o atirador e o comparsa que ficou aguardando em uma moto não tiraram o capacete e estavam de roupas compridas, o que impede visualização de tatuagens, por exemplo, os vídeos de câmeras de segurança não permitem identificação instantânea. Mas o tipo físico dos criminosos é analisado. Confrontado com as características do suspeito.
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Ele sabe
O motivo cogitado para o homicídio não pode ser divulgado para não atrapalhar a investigação. Pelo Código Penal, dentro das circunstâncias apuradas, teria a qualificadora do “motivo fútil”. O suspeito sabe que está sendo investigado.
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Baleada na cabeça quando chegava ao restaurante da família, na Rua Vereador Darci Jaime Keler, às 6h45 de sábado (12), Priscila morreu na tarde desta segunda-feira no Hospital Municipal. Foi enterrada na tarde desta terça no cemitério Jardim da Memória, no bairro Rondônia.
Durante o velório, familiares declararam à reportagem que estão ajudando a Polícia com informações. O pai, Valci, preferiu não aprofundar. “O que eu tinha para falar, disse ao delegado.”
Na segunda, logo após a morte, o marido da vítima, João Ritter, 41, declarou que não tem suspeita sobre quem poderia ter cometido o crime. “É uma dor muito grande”, desabafou. O casal estava junto há oito anos e não tinha filhos. Ritter tem quatro de outro relacionamento.
O crime
A Polícia não tem dúvida que foi uma execução premeditada. Os criminosos rondavam a área meia hora antes de Priscila chegar. Assim que a comerciante estacionou uma Honda Biz na frente do restaurante, a moto dos bandidos parou e o caroneiro desceu com uma arma apontada para a cabeça da vítima.
Priscila tirou o capacete, possivelmente a mando do assassino, que passou a apertar o gatilho diversas vezes contra ela. Priscila parecia implorar pela vida, segurando o capacete na mão esquerda. Ela largou o objeto e chegou a erguer os dois braços, na posição de vítima rendida e indefesa, até que, encurralada no outro canto da entrada do restaurante, foi atingida à queima-roupa.
Com o disparo, o comparsa, que aguardava em uma moto ligada, arrancou em fuga. O atirador foi embora com a Biz da vítima, encontrada abandonada na Rua Vidal Brasil no fim da manhã. O veículo foi recolhido para perícia.
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