FALTA DE DESTINAÇÃO
Prédios públicos de Novo Hamburgo sofrem com abandono e ação do tempo
Situação das antigas sedes do Foro e da Justiça do Trabalho incomodam moradores do bairro Pátria Nova
Última atualização: 25/01/2024 10:11
Quem passa pela Rua 3 de Outubro, nos fundos da Guarda Municipal de Novo Hamburgo, bairro Pátria Nova, já teve ter percebido que o mato toma conta dos dois prédios que antecedem a esquina da Rua Bento Gonçalves. No endereço estão o antigo Foro de Novo Hamburgo e a antiga sede da Justiça do Trabalho, ambos sob responsabilidade do poder público.
Para quem mora perto, o problema maior não é o acúmulo de lixo, falta de poda ou até o fato de suspeitos se esconderem nas áreas. O que mais incomoda é a situação de abandono, que desvaloriza essa região da cidade, e a falta de uma destinação para os dois espaços que são públicos.
"O melhor seria se tivesse um uso para tudo aquilo, pois teria movimento e limpeza", diz Simão Schmitz, síndico-geral do Condomínio Jardim Flamboyant, com 192 apartamentos e 600 moradores.
De acordo com ele, já foram abertos protocolos solicitando a limpeza e capina dos terrenos, em especial da antiga sede da Justiça do Trabalho, vizinha aos prédios. Como o local está fechado há dois anos e no terreno há árvores de flamboyant, que conforme Schmitz não recebem poda regular, a vegetação se multiplicou.
Plantas novas nasceram na parte dos fundos do prédio e, em meio ao mato alto, causam transtornos. Inclusive, o muro construído pela Justiça do Trabalho no limite entre os dois imóveis veio abaixo, caindo sobre a quadra de esportes do condomínio. No lugar, foi erguida uma cerca. "Se for uma pessoa comum que não limpa, a Prefeitura notifica e dá um prazo. Se não limpam, ela faz e depois cobra. Por que ali não acontece isso?", questiona Schmitz.
Antigo Foro é utilizado como depósito, diz Prefeitura
O prédio do antigo Foro foi doado ao Município em 2006. Houve tentativa, iniciada em 2015, de ceder o espaço ao Instituto-Geral de Perícias (IGP), o que não se concretizou. Um dos motivos foi o custo, na época, estimado em até R$ 3 milhões para reformar. Hoje, 17 anos depois, a Prefeitura explica que a Secretaria de Administração utiliza o local como depósito e que de forma periódica realiza a limpeza e manutenção. No dia 16 de março, a Prefeitura fará leilão de inservíveis, incluindo itens do local. Após, avaliará se irá reformar o prédio.
Prefeitura e União têm versões conflitantes
Já o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, por meio de sua Secretaria de Gestão do Patrimônio da União, esclarece que o prédio se encontra em processo de cessão à Prefeitura, "a qual o guardará previamente até conclusão das tratativas formais/legais que envolvem a referida cessão". Ainda segundo a nota, o imóvel será instruído para que seja destinado pela Prefeitura para implementação de políticas públicas de saúde.
Por sua vez, a administração municipal informa que cabe ao governo federal a manutenção e limpeza do espaço, pois o imóvel ainda é da União, uma vez que a cessão não foi concluída. Ainda segundo a Prefeitura, a Secretaria de Administração aguarda um posicionamento da União para ver a destinação a ser dada à gestão do prédio.
Quem passa pela Rua 3 de Outubro, nos fundos da Guarda Municipal de Novo Hamburgo, bairro Pátria Nova, já teve ter percebido que o mato toma conta dos dois prédios que antecedem a esquina da Rua Bento Gonçalves. No endereço estão o antigo Foro de Novo Hamburgo e a antiga sede da Justiça do Trabalho, ambos sob responsabilidade do poder público.
Para quem mora perto, o problema maior não é o acúmulo de lixo, falta de poda ou até o fato de suspeitos se esconderem nas áreas. O que mais incomoda é a situação de abandono, que desvaloriza essa região da cidade, e a falta de uma destinação para os dois espaços que são públicos.
"O melhor seria se tivesse um uso para tudo aquilo, pois teria movimento e limpeza", diz Simão Schmitz, síndico-geral do Condomínio Jardim Flamboyant, com 192 apartamentos e 600 moradores.
De acordo com ele, já foram abertos protocolos solicitando a limpeza e capina dos terrenos, em especial da antiga sede da Justiça do Trabalho, vizinha aos prédios. Como o local está fechado há dois anos e no terreno há árvores de flamboyant, que conforme Schmitz não recebem poda regular, a vegetação se multiplicou.
Plantas novas nasceram na parte dos fundos do prédio e, em meio ao mato alto, causam transtornos. Inclusive, o muro construído pela Justiça do Trabalho no limite entre os dois imóveis veio abaixo, caindo sobre a quadra de esportes do condomínio. No lugar, foi erguida uma cerca. "Se for uma pessoa comum que não limpa, a Prefeitura notifica e dá um prazo. Se não limpam, ela faz e depois cobra. Por que ali não acontece isso?", questiona Schmitz.
Antigo Foro é utilizado como depósito, diz Prefeitura
O prédio do antigo Foro foi doado ao Município em 2006. Houve tentativa, iniciada em 2015, de ceder o espaço ao Instituto-Geral de Perícias (IGP), o que não se concretizou. Um dos motivos foi o custo, na época, estimado em até R$ 3 milhões para reformar. Hoje, 17 anos depois, a Prefeitura explica que a Secretaria de Administração utiliza o local como depósito e que de forma periódica realiza a limpeza e manutenção. No dia 16 de março, a Prefeitura fará leilão de inservíveis, incluindo itens do local. Após, avaliará se irá reformar o prédio.
Prefeitura e União têm versões conflitantes
Já o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, por meio de sua Secretaria de Gestão do Patrimônio da União, esclarece que o prédio se encontra em processo de cessão à Prefeitura, "a qual o guardará previamente até conclusão das tratativas formais/legais que envolvem a referida cessão". Ainda segundo a nota, o imóvel será instruído para que seja destinado pela Prefeitura para implementação de políticas públicas de saúde.
Por sua vez, a administração municipal informa que cabe ao governo federal a manutenção e limpeza do espaço, pois o imóvel ainda é da União, uma vez que a cessão não foi concluída. Ainda segundo a Prefeitura, a Secretaria de Administração aguarda um posicionamento da União para ver a destinação a ser dada à gestão do prédio.
Para quem mora perto, o problema maior não é o acúmulo de lixo, falta de poda ou até o fato de suspeitos se esconderem nas áreas. O que mais incomoda é a situação de abandono, que desvaloriza essa região da cidade, e a falta de uma destinação para os dois espaços que são públicos.