Motoristas de Novo Hamburgo foram surpreendidos no início desta semana com o aumento da gasolina em postos de combustíveis da cidade. De segunda-feira (19) para terça-feira (20), sem qualquer tipo de anúncio, houve o acréscimo de R$ 0,10 no preço da gasolina comum e aditivada na maioria dos estabelecimentos.
Foto: Laura Rolim/GES-Especial
A reportagem circulou na manhã desta quarta-feira (21) por cerca de dez postos de combustíveis de Novo Hamburgo. Aqueles que tinham o valor a R$ 6,16, por exemplo, agora, passaram a cobrar R$ 6,26. O preço mais caro encontrado foi de R$ 6,29, sendo o mais barato de R$ 6,25.
Em Campo Bom, moradores relataram que o acréscimo também foi sentido na cidade. Na segunda-feira (19), alguns postos estavam cobrando R$ 6,19 na gasolina comum. Nesta quarta, no entanto, o valor cobrado passou a ser de R$ 6,40.
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Conforme Fábio Miranda, gerente de um posto de gasolina localizado na Avenida Sete de Setembro, em Novo Hamburgo, houve uma redução no diesel na segunda-feira (19) e o acréscimo de 10 centavos na gasolina na terça-feira (20). Questionado sobre a motivação, ele respondeu que seria “um posicionamento de preço de mercado”.
“Temos uma previsão de ter uma redução no preço do combustível até o final da semana, que será entre 5 a 15 centavos”, afirma Miranda. Ele relata que o posto faz pesquisas diárias e faz um alinhamento com a média. Segundo o gerente, a gasolina se manteve no valor de R$ 6,16 no estabelecimento por cerca de dez dias. Agora, o preço passou a ser de R$ 6,26.
Para o motorista de aplicativo Evandro Hering, que trabalha há seis anos no ramo, esses reajustes no combustível fazem parte da rotina do trabalho. “Se eu chorar, não vai adiantar nada. Não tenho o que fazer, preciso trabalhar”, diz, conformado. Com isso, ele geralmente busca alternativas para abastecer por um preço melhor.
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Morador de Portão, ele decidiu abastecer o veículo em Novo Hamburgo. “Eu procuro os postos que oferecem descontos por aplicativo. Normalmente eu abasteço na minha cidade, mas estava passando aqui e vi que esse oferecia desconto, então decidi parar”, conta. No final do abastecimento, ele economizou cerca de 5% no valor. “Já dá uma amenizada”, completa Hering.
A reportagem questionou o Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro) sobre o aumento registrado em estabelecimentos de Novo Hamburgo, que disse não monitorar e nem acompanhar preços dos produtos. “Para a realização de análises, a instituição consulta os valores divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, informou.
A entidade explicou ainda que “o segmento varejista de combustíveis, por estar em um mercado livre e extremamente concorrido, apresenta muitas variações e flutuações de preços, dependendo tanto dos custos de fornecimento do petróleo e dos biocombustíveis, como de políticas comerciais de cada um em suas regiões de atuação”.
Além disso, o Sulpetro informou que no momento, apenas tem relatos de distribuidoras referente a dificuldades pontuais no fornecimento devido à retração de oferta de Petrobras e de produtos importados. “Mas sem oferecer riscos de desabastecimento, afetando, especialmente, os postos bandeira branca ou independentes”, completou.
Já o Procon da cidade afirmou estar monitorando o aumento, que, inclusive, também ocorreu em outros municípios da região. “Mas devido aos postos serem livres para praticarem o preço, e quem define é o mercado, não há como determinar abusividade nesse aumento que observamos de até R$ 0,10”, informaram.
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