O que esperar do futuro no momento em que a inteligência artificial já é um assunto do presente? Foi em meio a esse questionamento que o Pós-SXSW lançou luzes sobre os próximos passos da inovação e da tecnologia nos negócios e, claro, no cotidiano das pessoas. O evento, promovido pelo Grupo Sinos através do portal ABC+, reuniu entusiastas e curiosos sobre o tema no Locanda Hotel, em Novo Hamburgo, para uma tarde de imersão nesta quarta-feira (27).
Durante mais de quatro horas, o trio de speakers abordou os principais temas discutidos no South by Southwest (SXSW), considerado o maior evento de inovação do mundo, que ocorreu de 8 a 16 de março em Austin, nos Estados Unidos.
Presente fisicamente na edição americana, o consultor de transformação digital Guilherme Ravache trouxe detalhes do que viu em Austin. São vários eventos acontecendo ao mesmo tempo e várias trilhas que o usuário pode escolher. “Mas se você não estiver disposto a sair da sua zona de conforto, de nada adianta ir em um evento como esse”, alerta. Sobre a inteligência artificial, ele fala sobre como os dados serão a nova transformação, como foi a revolução industrial e a era da Internet.
O diretor de inovação da SAP Labs, Matheus Zeuch, destacou como a inteligência artificial está afetando todos os setores e todas as indústrias. “Inovações não viram revoluções tecnológicas até que sejam democráticas”, destaca. Com a IA generativa, no entanto, todos têm acesso. “Estamos na terceira era da IA e podemos aproveitar muito, pois ela está só começando”, avalia.
Para Lucas Rodrigues, CEO da Goclin, foi a necessidade gerada pela pandemia para agilizar o atendimento ao paciente mesmo em um ambiente de isolamento social que fez com que novas tecnologias surgissem na área da saúde. “Um exemplo de como a tecnologia deve estar a serviço do ser humano, facilitando e agilizando o dia a dia de todos”, pontua.
Entre uma palestra e outra, a discotecagem do DJ Nico Cruz garantiu o tom descontraído do evento, característica do SXSW norte-americano, que une música e cultura ao script do festival de inovação. Inclusive, a tarde de imersão se encerrou com um happy hour de networking oferecido pela Vale4 Cervejaria.
O Pós-SXSW teve apresentação do ABCmais, patrocínio máster de Rissul e Goclin; patrocínio de Server Softwares para Varejo, Visa Eventos e Sicredi; e apoio de Senac Novo Hamburgo, 4K Comunicação Visual e Vale4.
Assuntos em destaque
Matheus Zeuch | Diretor de inovação da SAP Labs
Primeiro a falar, Matheus Zeuch destacou a jornada de inovação da SAP e o quanto a empresa está intimamente conectada com a tecnologia e como acompanha a inteligência artificial desde o seu surgimento. “Inovações não viram revoluções tecnológicas até que sejam democráticas. Com a IA generativa, agora, todo mundo tem acesso”, explica. Na visão dele, se separar em eras da inteligência artificial, já passamos pelas eras da análise e da previsão. E, agora, estamos no começo da terceira era, a da criação. “O que nos permite aproveitar muito essa nova era. Para se ter uma ideia, hoje, já são mais de 24 mil clientes que utilizam a IA da SAP”, detalha.
Lucas Rodrigues | CEO da Goclin
Segundo a subir no palco, Lucas Rodrigues falou como a pandemia da Covid-19 acelerou o uso da tecnologia na área do atendimento na saúde. “Assim nasceu a Goclin, que possibilitou que toda a jornada do paciente se tornasse digital e, mais do que tecnologia, permitiu uma eficiência operacional e uma experiência melhor para o usuário”, detalha, ao destacar como a inovação impacta no dia a dia das pessoas. “Tecnologia a serviço do ser humano, com menos burocracia e maior assertividade”, comemora.
Guilherme Ravacha | Consultor internacional em transformação digital
Último a subir ao palco e um dos mais aguardados da tarde, Ravache abordou tudo que viu durante o SXSW em Austin. Inclusive, a crítica que se deu ao evento por ter sido patrocinado por empresas militares de olho no uso da inteligência artificial neste ramo. “Acabou a lua de mel com a IA generativa. Agora está na fase da preocupação de como a regular”, destacou. Para Ravache, a questão toda é como será usada essa infinidade de dados disponíveis. “Claro que a IA acabará com muitos empregos, mas também criará outros tantos”, frisou.
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