SAIBA QUEM SÃO
PMs presos por tortura a mulher em Novo Hamburgo têm nomes publicados no Diário Oficial
Ambos foram encaminhados ao Presídio Militar na quarta-feira (4), após serem filmados em abordagem no último domingo. Comerciante teve a cabeça coberta por sacola
Última atualização: 11/01/2024 11:41
Os dois soldados da Brigada Militar (BM) investigados por abuso de autoridade e tortura a mulher durante abordagem em Novo Hamburgo tiveram seus nomes publicados no Diário Oficial do Estado. João Victor Alves Viana e Leanderson Alves da Silva, lotados no 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), estão afastados das funções desde segunda-feira (2), mas o documento oficial foi publicado nesta quinta (5).
Eles estão presos preventivamente no Presídio Militar de Porto Alegre e respondem a inquérito sigiloso conduzido pela Corregedoria-Geral da BM. Ambos já foram ouvidos. A previsão é que a investigação seja concluída nesta sexta-feira (6).
O caso
Os dois policiais foram flagrados por câmera oculta durante sessão de tortura a uma comerciante de 30 anos no bairro São José, em Novo Hamburgo, na noite do último domingo (1º). O vídeo das agressões viralizou nas redes sociais. Nas imagens, um deles aparece colocando uma sacola plástica na cabeça da dona do bar onde era feita a abordagem. O colega observa e não impede a ação. A dupla estava de serviço e fardada.
A comerciante, que estava algemada quando teve a cabeça coberta, afirmou à reportagem que o marido também fora torturado. Com um saco na cabeça e amarrado até perder o ar, ele teria levado socos, tapas e chutes, relata. "Quem mais sofreu foi ele. Foi uma cena de terror."
Com o companheiro ferido e já sem forças, foi a vez dela. "Se eu fecho os olhos, vejo o policial na minha frente e escuto o barulho do saco na minha cabeça". Ainda segundo a comerciante, ela foi obrigada a levantar a blusa e mostrar os seios, para provar que não escondia droga.
Acusações graves
Conforme as vítimas, que afirmam não lidar com o tráfico, os brigadianos insistiam para que dissessem onde tinha droga. E o episódio não seria isolado. "Toda vez que a gente pensa que vai conseguir reerguer o bar, eles chegam lá e tiram nosso dinheiro, nossas bebidas, mas agora passaram dos limites. Eles vão lá e acham que tem droga. Entram e revistam, quebram tudo e não acham nada, porque é um bar mesmo. Nunca acharam droga porque não tem."
Em nota, a Brigada salientou que as condutas são "incompatíveis com a atividade policial militar".
Contraponto
Procuradas, as defesas de João Victor Alves Viana e Leanderson Alves da Silva disseram que irão se manifestar nos autos do processo em momento oportuno, pois ainda não tiveram acesso ao integral conteúdo do procedimento investigatório.
*Colaboraram Silvio Milani e Matheus Chaparini
Os dois soldados da Brigada Militar (BM) investigados por abuso de autoridade e tortura a mulher durante abordagem em Novo Hamburgo tiveram seus nomes publicados no Diário Oficial do Estado. João Victor Alves Viana e Leanderson Alves da Silva, lotados no 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), estão afastados das funções desde segunda-feira (2), mas o documento oficial foi publicado nesta quinta (5).
Eles estão presos preventivamente no Presídio Militar de Porto Alegre e respondem a inquérito sigiloso conduzido pela Corregedoria-Geral da BM. Ambos já foram ouvidos. A previsão é que a investigação seja concluída nesta sexta-feira (6).
O caso
Os dois policiais foram flagrados por câmera oculta durante sessão de tortura a uma comerciante de 30 anos no bairro São José, em Novo Hamburgo, na noite do último domingo (1º). O vídeo das agressões viralizou nas redes sociais. Nas imagens, um deles aparece colocando uma sacola plástica na cabeça da dona do bar onde era feita a abordagem. O colega observa e não impede a ação. A dupla estava de serviço e fardada.
A comerciante, que estava algemada quando teve a cabeça coberta, afirmou à reportagem que o marido também fora torturado. Com um saco na cabeça e amarrado até perder o ar, ele teria levado socos, tapas e chutes, relata. "Quem mais sofreu foi ele. Foi uma cena de terror."
Com o companheiro ferido e já sem forças, foi a vez dela. "Se eu fecho os olhos, vejo o policial na minha frente e escuto o barulho do saco na minha cabeça". Ainda segundo a comerciante, ela foi obrigada a levantar a blusa e mostrar os seios, para provar que não escondia droga.
Acusações graves
Conforme as vítimas, que afirmam não lidar com o tráfico, os brigadianos insistiam para que dissessem onde tinha droga. E o episódio não seria isolado. "Toda vez que a gente pensa que vai conseguir reerguer o bar, eles chegam lá e tiram nosso dinheiro, nossas bebidas, mas agora passaram dos limites. Eles vão lá e acham que tem droga. Entram e revistam, quebram tudo e não acham nada, porque é um bar mesmo. Nunca acharam droga porque não tem."
Em nota, a Brigada salientou que as condutas são "incompatíveis com a atividade policial militar".
Contraponto
Procuradas, as defesas de João Victor Alves Viana e Leanderson Alves da Silva disseram que irão se manifestar nos autos do processo em momento oportuno, pois ainda não tiveram acesso ao integral conteúdo do procedimento investigatório.
*Colaboraram Silvio Milani e Matheus Chaparini
Eles estão presos preventivamente no Presídio Militar de Porto Alegre e respondem a inquérito sigiloso conduzido pela Corregedoria-Geral da BM. Ambos já foram ouvidos. A previsão é que a investigação seja concluída nesta sexta-feira (6).