Com o plenário da Câmara de Vereadores lotado de servidores da saúde, foi aprovado em segundo turno, na noite desta segunda-feira (9), o projeto de lei que regulamenta o pagamento do piso salarial dos profissionais da enfermagem em Novo Hamburgo.
Encaminhado pelo Executivo, o texto autoriza o repasse de recursos recebidos da União para o complemento salarial, definido por lei federal. O projeto foi votado em regime de urgência na Casa Legislativa.
Posições
Ao ocupar a tribuna da Casa, o líder do governo, Ricardo Ritter, o Ica, (PSDB), usou seu espaço para defender a celeridade no encaminhamento do projeto de lei, encaminhado pelo Executivo na última quarta-feira (4), em regime de urgência. “É indispensável destacar a sensibilidade de todos os vereadores em analisar projeto em poucas horas, e assim colocamos em primeira votação ainda na sessão de quarta. Isso mostra o comprometimento desta Casa com a categoria”, opinou.
O líder da oposição na Câmara, Gustavo Finck (Progressistas) e Enio Brizola (PT), consideram que a lei, em vigor desde agosto deste ano, não contempla todos os pontos defendidos pelos servidores, visto que o repasse não está garantindo em 2024, porém, garante alguns avanços no processo de implementação do piso.
“Faz 30 anos que a categoria luta no Brasil por um piso nacional. Que a prefeita (Fatima Daudt, MDB) faça de imediato a sanção. É justo, e merecido o pagamento e o apelo que a gente faz é: pague já”, disse Brizola, em referência aos cartazes dos manifestantes que ocuparam o Plenarinho.
O texto segue agora para a sanção da prefeita Fatima Daudt.
Mobilização dos profissionais
Antes mesmo do início da reunião os manifestantes já se concentravam nas galerias do plenário com cartazes, fazendo cobranças ao Executivo quanto à promulgação da lei. “Estamos calejados, só acredito quando o dinheiro cair na conta”, disse a técnica de enfermagem Maria da Graça Mesturini, 59 anos, vinte deles dedicados à enfermagem. “A aprovação significa o futuro dos meus filhos. Significa não precisar trabalhar em dois lugares para completar a renda”, completou Loresnilda Gonçalves de Lima, 53.
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