BAIRRO BOA VISTA
Piquenique Cultural movimenta praça de Novo Hamburgo
Evento contou com mostra do artista plástico Juarez Negrão, roda de capoeira, música ao vivo e participação do coletivo de afroempreendedores hamburguenses
Última atualização: 17/10/2023 18:02
O sábado (5) foi de Piquenique Cultural na na praça Heitor Villa-Lobos, no bairro Boa Vista, em Novo Hamburgo. Promovido pela Associação Cultural Casa da Praça, o evento contou com exposição do artista plástico Juarez Negrão, roda de capoeira, música ao vivo, expositores do coletivo de afroempreendedores de Novo Hamburgo e artesanato.
Na sua 20ª edição, a temática principal foi ancestralidade afro-brasileira e troca de culturas. Nathan Oliveira, 29 anos, um dos organizadores do evento, diz que o objetivo é resgatar histórias e a representatividade. "Desde 2012 o coletivo busca, com os artistas, fornecer música, artes visuais e acolher esses artistas", diz.
Carlos Rachs, 36 anos, explica que o Piquenique ocorre desde 2014 e oportuniza uma troca entre os artistas e a comunidade. Atualmente, 9 pessoas são ocupantes da Casa da Praça. "O objetivo é celebrar a nossa ancestralidade e dar espaço para essas manifestações artísticas", afirma o diretor executivo da Casa da Praça.
Representatividade na arte
A ancestralidade está muito presente nas obras de Juarez da Silva, 48 anos, um dos ocupantes da casa e expositor do Piquenique. As telas do artista plástico são todas inspiradas em territórios quilombolas. "Gosto de fortalecer essa luta. É uma questão social séria", diz.
Já são três anos realizando trabalhos em Novo Hamburgo. Como residente, Silva completou o primeiro mês. As telas, que foram espalhadas pelo pátio da praça Heitor Villa-Lobos, foram feitas com materiais que seriam descartados e que o artista reaproveitou para a exposição.
Diretamente da Bahia
Além da troca cultural entre a comunidade, teve também pratos típicos vindos diretamente da Bahia. Mônica Brito, 54 anos, mais conhecida como a Baiana do Acarajé, marcou presença como expositora. A fila para retirar o carro-chefe da empreendedora era grande.
Moradora de Campo Bom há 28 anos e participante do grupo de afroempreendedores de Novo Hamburgo, Mônica diz que as pessoas ficam encantadas e curiosas com as iguarias que ela faz. "É uma oportunidade de reunir a cultura de Novo Hamburgo. É tudo artesanal. Temos acarajé, vatapá, pamonha. Os gaúchos amam", completa a baiana.