A beleza da Fundação Ernesto Scheffel embalada pela sensibilidade de Schubert e a vibração de Piazzolla. É este o programa que a Temporada Cultural reserva para terça-feira (29), às 20h30, a quem visitar o bairro histórico de Hamburgo Velho.
Ainda dentro das homenagens ao Bicentenário da Imigração Alemã, o espaço apresenta o Luminescência. O grupo é composto pelos instrumentistas da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) Brigitta Calloni (violino), Robert Cruz (violino), João Senna (viola), Martina Ströher (violoncelo) e Luciano Dal Molin (contrabaixo), além de Olinda Allessandrini, no piano.
Olinda é aplaudida pela crítica e considerada exímia pianista, além de ter uma ligação especial com Novo Hamburgo.
Conforme o curador da Fundação Scheffel, Ângelo Reinheimer, entre as décadas de 1970 e 1990, Olinda agitou a cena musical hamburguense e contribuiu para o desenvolvimento da música clássica na cidade.
Já Olinda, garante que o público será presenteado com um concerto leve e alegre, onde toda a família dos instrumentos de corda em diferentes tamanhos, do pequeno violino até o “enorme contrabaixo” subirão ao palco.
De Schubert, famoso por belas melodias, o grupo vai executar a peça Truta. “A Truta tem como tema central a canção de mesmo nome. E veja que interessante. Esta canção é tão famosa que até existe uma máquina de lavar roupas que avisa quando terminou, ‘cantando’ esta canção”, explica a pianista.
Já na segunda parte do espetáculo, o Luminescência apresenta a energia do argentino, bandeonista que revolucionou o tango. “Uma música com drama, paixão, que sempre nos emociona”, salienta Olinda.
O concerto ocorre no Auditório Adão Adolfo Schmitt da Fundação Scheffel. Embora a entrada seja gratuita, é necessário confirmar presença pelo telefone (51) 3593-6233, e-mail fundacaoscheffel@outlook.com ou nas redes sociais. O local fica na Rua General Daltro Filho, 911.
Sobre o programa musical
A obra Quinteto em Lá Maior, D 667 – “A Truta” do austríaco Franz Schubert se tornou uma das obras de câmara mais famosas porque tem um repertório de natureza alegre e melodias com arpejos.
É uma composição única na vida de Schubert, com uma estrutura de cinco movimentos, o que foi incomum para a época, que vivia um momento de transição entre o Classicismo e o Romantismo.
Já “Las Estaciones Porteñas”, de Astor Piazzolla, são canções que foram criadas separadamente entre os anos de 1965 e 1970 e escritas originalmente para quinteto. Mais tarde, as músicas foram reunidas, fazendo referência à passagem das estações do ano na cidade de Buenos Aires.
Ao contrário do músico italiano Vivaldi, que fala das estações começando pela primavera, Piazzolla decidiu iniciar a execução pelo verão.
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