O movimento em frente ao prédio que teve o desabamento de uma marquise seguia intenso em Novo Hamburgo nesta segunda-feira (30). O acidente, que ocorreu na manhã do domingo (29), feriu uma mulher de 52 anos, que após ser encaminhada ao hospital foi liberada e se recupera em casa.
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Nesta segunda-feira (30), a reportagem registrou a presença de três órgãos públicos no local: o Instituto-Geral de Perícias (IGP), a Defesa Civil e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (CREA-RS). O retorno mais aguardado era dos peritos criminais, que visitaram o prédio no domingo e ficaram de voltar para uma análise mais detalhada da estrutura.
A informação é que o laudo técnico, que deve ser usado no inquérito policial, seja entregue em 30 dias. É esse documento que poderá apontar as causas do acidente, e se houve ou não a responsabilidade de alguém. “Estruturalmente, o prédio não parece apresentar problemas, a princípio não precisa ser evacuado”, disse um dos peritos.
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Além disso, a Perícia Criminal também levou pedaços da estrutura da marquise para analisar a profundidade das camadas e verificar a contaminação do concreto. Segundo os servidores, a estrutura pesava menos de 800 quilos, o que é considerado normal. “Conforme o resultado do laudo, cabe ao condomínio avaliar se precisa ou não rever as demais marquises do prédio”, afirma o perito.
O que dizem as outras autoridades
A Defesa Civil também esteve no local. O órgão foi acionado pelo empresário Giovani Ilario Conrath, 57, que aluga o anexo no térreo do prédio como um depósito para sua loja de colchões. “Vim tentar retirar os colchões do meu depósito”, disse.
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Segundo a Defesa Civil, o papel do órgão é avaliar os riscos do local, mas os servidores afirmam que ainda não foram acionados pelo IGP. “Precisamos esperar a avaliação do IGP, tudo ainda é muito inicial. O prédio parece tranquilo, não apresenta risco até o momento. Só acho estranho a espessura da marquise, mas precisamos aguardar o laudo”, afirma um dos profissionais.
Quem também esteve em frente ao prédio foi o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (CREA-RS). O órgão explica que é responsável apenas pela legalidade da documentação, o que inclui verificar o engenheiro que assinou a obra.
Moradora retorna ao apartamento
A empreendedora Ivone Moreira da Silva, 56, moradora do apartamento que teve o desabamento da marquise, pôde retornar à residência nesta segunda-feira. Por questões de segurança, a moradora precisou deixar o local no domingo.
O apartamento foi adquirido recentemente pela empreendedora, que mora com a filha. A mudança para o novo lar teria acontecido no sábado (28), um dia antes do acidente. A orientação repassada para Ivone é que apenas não acesse a sacada do local.
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